Pedro Venceslau
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Pedro Venceslau

Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

Presidente do PT diz que Lula admite discutir dosimetria, mas não agora

Para Edinho Silva, debater redução das penas neste momento seria "afronta e casuísmo"

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O presidente nacional do PT, Edinho Silva, disse à CNN que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admite discutir o abrandamento das penas aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro, mas não neste momento.

“O presidente Lula nunca se recusou que o PT debata a dosimetria das penas. É normal que haja revisão da legislação pelo Congresso Nacional. Mas não neste ambiente político", afirmou Edinho.

"Revisar a pena, logo após a decisão do STF (Supremo Tribuna Federal), vira afronta e casuísmo. A sociedade espera que o Congresso Nacional priorize temas que dialoguem com sua realidade”, acrescentou o dirigente petista.

A sinalização de Lula estabelece uma ponte para que a base governista abra tratativas para o projeto alternativo do centrão à anistia, que foi batizado como “PL da Dosimetria”.

A iniciativa, na leitura de petistas, pode isolar o bolsonarismo no Congresso e abrir caminho para um acordo que permita ao governo avançar com sua agenda.

A PEC da Blindagem abriu uma janela de oportunidade para a esquerda no momento em que o discurso do governo em defesa da soberania mostra sinais de fadiga de material.

O projeto, que impede investigações contra parlamentares sem autorização prévia de seus pares, gerou uma onda de indignação na sociedade civil e mobilizou até artistas e celebridades.

Um levantamento da Quest, divulgado na semana passada, registrou 83% de menções negativas em relação à PEC nas redes sociais.