Empresários querem apresentar soluções possíveis ao governo sobre tarifas
Reunião com ministros será nesta terça-feira (15), em Brasília

O grupo de empresários e entidades convocados pelo governo para primeira reunião sobre o tarifaço de Donald Trump abrange todos os setores expostos à economia americana, com exceção do agronegócio, e com forte relação com os Estados Unidos.
O encontro será nesta terça-feira (15), em Brasília. Para tratar do agronegócio, o governo fará reuniões separadas.
Segundo fontes relataram à CNN, a lista da primeira reunião tem, do lado das empresas, a Embraer, de aviação, Tupy, de componentes industriais, Ibá, de produtos florestais e WEG, de equipamentos eletrônicos industriais.
As entidades convocadas são a CNI, da indústria, a Fiesp, da indústria paulista, Abimaq, de máquinas e equipamentos, Abimovel, de móveis, Aço Brasil, do aço, Sindipeças, de autopeças, ABAL, de alumínio e Abicalçados, de calçados.
Do lado do governo, estarão o vice-presidente Geraldo Alckmin, que vai coordenar o grupo, e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa, e da Secom, Sinônio Palmeira.
Empresários dos setores relataram à CNN que esperam ser ouvidos pelo governo sobre a situação das empresas e o grau de exposição que eles têm à economia americana. Mas também querem apresentar soluções possíveis para a negociação com o governo de Trump.
Todos sabem da fragilidade política da negociação, mas esperam que o governo brasileiro encontre novos caminhos de diálogo e acordo com os americanos.
Alguns falam na possibilidade de se estabelecer novas cotas para os produtos, com tarifas diferenciadas. Outros citam contrapartidas que o governo brasileiro poderia apresentar ao governo de Trump, como o etanol, por exemplo, que tem tarifa elevada para o produto americano.
Um dos empresários que estará em Brasília nesta terça-feira disse que tudo está na mesa e que é preciso discutir todas as possibilidades.
Os executivos preferem a discrição, sem falar publicamente do que esperam da reunião com Alckmin e outros ministros para não criar mais ruído antes do encontro.