Coronavírus: Bancos brasileiros postergam R$ 22 bilhões em dívidas

A Febraban afirmou que o valor refere-se a 3,8 milhões de contratos, com valores totais de 230,6 bilhões de reais.

Reuters
  • Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Os bancos brasileiros estão adiando as dívidas dos brasileiros, especialmente daqueles que foram diretamente impactados pelos efeitos do coronavírus. No total, R$ 22,2 bilhões em parcelas que venceriam nos próximos meses foram postergadas. A informação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A Febraban afirmou que o valor refere-se a 3,8 milhões de contratos, com valores totais de R$ 230,6 bilhões.

Em março, os cinco principais bancos do país – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal – disseram que ofereceriam aos clientes carência de dois a seis meses para pagamento de parcelas de dívidas em meio à crise do coronavírus.

Quase R$ 14 bilhões em adiamentos referem-se a empréstimos ao consumidor, disse a Febraban.

Ainda assim, grandes empresas contrataram R$ 101,5 bilhões em novos empréstimos, enquanto consumidores pegaram R$ 36 bilhões, disse a Febraban.

Os cinco principais bancos no país concederam R$ 266 bilhões de novos ou reprogramados entre 16 de março e 17 de abril, disse a Febraban. Como base de comparação, a associação disse que o valor aumentou 22% em relação a março de 2019.

"Esses números mostram que o dinheiro não está parado nos bancos", disse Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Febraban, refutando os críticos de que os bancos não estão concedendo empréstimos em meio à crise.

A associação dos bancos também disse que renovou R$ 66,5 bilhões em contratos de empréstimos até o momento.

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