Casas e empresas fazem Brasil entrar em clube dos líderes em energia solar
País ficou em 16º lugar em capacidade de geração em 2019, após salto de quase 100%

O Brasil entrou para o grupo de 20 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo, após um forte crescimento da tecnologia puxado principalmente por instalações de menor porte, como sistemas em telhados de residências e edifícios comerciais.
Após somar 2.120 megawatts (MW) em novos sistemas de geração solar colocados em operação em 2019, o maior país da América Latina fechou o ano na 16ª colocação no ranking global da fonte, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) nesta quarta-feira (08).
Esse crescimento representou uma expansão de quase 90% somente no ano passado, para um total acumulado de 4.533 MW em capacidade solar, segundo a entidade, que citou números da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena).
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“Apenas no ano de 2019, o setor trouxe ao Brasil R$ 10,7 bilhões em novos investimentos e mais de 63 mil empregos”, disse a Absolar em nota.
As instalações de menor porte, conhecidas como geração distribuída, adicionaram 1.470 MW em capacidade, mais que o dobro da contribuição de grandes usinas de geração centralizada (650 MW), destacou a Absolar.
Os sistemas de geração solar distribuída passaram a crescer rapidamente no Brasil desde que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu regras para que a produção possa ser abatida da conta de luz dos consumidores que investiram nas instalações. As regras entraram em vigor em 2016.
Apesar do significativo crescimento recente, a fonte solar ainda representa menos de 2% da matriz elétrica brasileira, segundo a Aneel.
Liderança global
A China se manteve à frente em energia fotovoltaica no mundo, com uma capacidade total acumulada de 205.072 MW na fonte ao fim de 219, segundo a Irena.
A oferta dos chineses representa mais que a soma de todas as fontes de geração no Brasil e também é mais que o triplo da capacidade solar do Japão, segundo colocado, com 61.840 MW.
Os Estados Unidos estão na terceira posição no ranking da Irena, com 60.540 MW em capacidade acumulada, seguidos pela Alemanha, com 49.016 MW.
Na 16ª colocação, o Brasil ficou por pouco à frente da Bélgica, que tem 4.531 MW, e atrás do Vietnã, com 5.695 MW, ainda de acordo com os dados da Irena.
*Com informações da Reuters
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