Celulite em frango pode dar prejuízo de até US$ 80 milhões por ano aos produtores
Brasil produz 14,3 milhões de toneladas de frango por ano e, no ano passado, foi o maior exportador desse tipo de carne do mundo
Um estudo realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul e pela Embrapa Suínos e Aves apontou que as condenações nos abatedouros — quando o animal não pode ser disponibilizado para consumo humano — provocadas por celulite nos frangos causam prejuízos econômicos de cerca de US$ 10 milhões por ano no Brasil.
Se considerado o custo de criação do animal, como o consumo de ração, manutenção e cuidados com o frango, as perdas podem chegar a US$ 80 milhões por ano.
Nas aves, a celulite é um processo infeccioso subcutâneo causado por bactérias que força o descarte do animal. O problema só é identificado no momento do abate das aves, quando se tiram as penas.
Conforme os pesquisadores Benito de Brito e Kelly Cristina de Brito, os animais costumam desenvolver esse tipo de problemas em ambientes sem devida higienização, sem quantidade de comedouro ou bebedouro suficiente e com lotação acima da capacidade ideal.
Esse ambiente faz com que os frangos arranhem uns aos outros e causem lesões, que poderão ser contaminadas pelas bactérias.
Os especialistas destacam quais as formas de evitar a celulite nas aves: uso de desinfetantes na lavagem dos aviários; utilização de arco de desinfecção na entrada dos caminhões nas propriedades; evitar a reutilização de cama para os frangos; aumentar o período de intervalo entre os lotes; colocar os silos de ração dentro do aviário; ter uma quantidade adequada de bebedouros e comedouros para os frangos durante toda a criação e abater as aves com menor idade.
O Brasil produz 14,3 milhões de toneladas de frango por ano e, no ano passado, foi o maior exportador desse tipo de carne do mundo.