Entenda acordo de US$ 20 bilhões entre EUA e Argentina

A analista de Economia da CNN Débora Oliveira explica como o acordo de swap cambial entre os dois países busca fortalecer as reservas argentinas

Da CNN Brasil
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O Banco Central da Argentina e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos firmaram um acordo de US$ 20 bilhões em troca de moedas. A operação, conhecida como swap cambial, foi oficializada na segunda-feira (20) e visa fortalecer as reservas monetárias argentinas. A analista de Economia Débora Oliveira explicou o assunto no Live CNN.

"Diante da falta de apoio no Legislativo, há uma dificuldade na implementação do plano econômico de Milei. Isso faz com que as reservas cambias argentinas vão sendo queimadas para controlar a volatilidade do peso argentino", diz Débora.

A medida firmada surge nesse momento crítico para a economia argentina. Segundo a analista, o acordo firmado com os Estados Unidos proporcionando um fôlego emergencial para o país sul-americano e valoriza um pouco mais o peso argentino.

Impacto no mercado e desafios

O anúncio gerou volatilidade imediata nos mercados financeiros. Enquanto o peso argentino apresentou valorização frente ao dólar, a bolsa argentina (Merval) demonstrou instabilidade, alternando entre altas e baixas.

A efetividade do acordo está intrinsecamente ligada aos resultados da eleição legislativa argentina marcada para 26 de outubro. Segundo Débora, os Estados Unidos condicionaram o suporte à manutenção de "boas políticas e práticas econômicas" por parte da Argentina, sinalizando a importância do apoio legislativo para a implementação das reformas econômicas propostas.

Contexto geopolítico

"O acordo também reflete tensões geopolíticas mais amplas, especialmente em relação à influência chinesa na América Latina", afirma a analista da CNN.

A movimentação americana surge como uma tentativa de fortalecer laços econômicos na região, embora tenha gerado críticas internas nos Estados Unidos, particularmente devido à competição no setor agrícola entre os dois países.

Existe ainda a possibilidade de bancos americanos privados fornecerem linhas de crédito adicionais para a Argentina, embora essas negociações ainda não tenham sido finalizadas. O mercado mantém cautela, considerando os riscos políticos e econômicos envolvidos na operação.

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