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    G20: Da neve do Himalaia ao Rio 40º C, sherpas já estão no Brasil

    O que é esse grupo de diplomatas que pegou emprestado um termo tibetano e tenta abrir caminho do consenso para chefes de Estado

    Fernando NakagawaDanilo MoliternoPedro Zanattada CNN , Rio de Janeiro

    O Himalaia tem uma etnia que conhece as cordilheiras como ninguém: os sherpas. São eles que vão à frente e preparam o caminho para que alpinistas escalem as montanhas.

    No G20, o termo foi emprestado para o grupo de diplomatas que tenta preparar o terreno e abrir consensos para que chefes de Estado cheguem a um acordo.

    Enquanto os sherpas originais enfrentam nessa semana até a -20º C no Himalaia, os sherpas diplomatas vão encarar máximas superiores a 30º C no Rio de Janeiro nos próximos dias.

    No G20 do Brasil, há 15 grandes temas discutidos pelos diplomatas das 20 maiores economias do mundo.

    O grupo se reuniu várias vezes durante o ano e o quarto — e último encontro — começa nesta terça-feira (12) e vai até a sexta (15), no Rio.

    O grupo terá reuniões em um hotel nos arredores do Museu de Arte Moderna, o MAM, onde os chefes de Estado terão a reunião de cúpula na próxima semana.

    Nessas reuniões, os diplomatas tentam construir um acordo entre os países nos mais diversos temas tratados pelo G20. Efetivamente, são os sherpas, técnicos e ministros de Estado que negociam as diferenças entre países tão diferentes como Estados Unidos e China ou Brasil e Canadá.

    Caso haja consenso, o tema vai para o comunicado final, que será assinado pelos chefes de Estado na próxima semana. Em caso de divergência, os sherpas negociam e tentam aparar as diferenças entre os países para avançar conforme a agenda do país sede do encontro.

    No Brasil, são 15 temas debatidos pelos sherpas:

    • Agricultura: Onde são debatidos assuntos como segurança alimentar, agricultura sustentável e adaptação às mudanças climáticas.
    • Anticorrupção: Grupo que quer criar padrões anticorrupção em todo o grupo.
    • Comércio e investimentos: Frente para incentivar o crescimento do comércio global e investimento com negociações multilaterais e cadeias de valor globais inclusivas.
    • Cultura: Grupo que tenta fomentar o potencial da cultura com impacto na economia.
    • Desenvolvimento: A intenção é estabelecer uma agenda de desenvolvimento e redução da pobreza.
    • Economia digital: O grupo trata dos temas relacionados à conectividade, governo digital e inteligência artificial.
    • Educação: A ideia é valorizar profissionais da educação no grupo das 20 maiores economias do mundo.
    • Empoderamento de mulheres: O grupo quer apoiar países a abordarem a desigualdade de gênero e impulsionar o empoderamento feminino.
    • Pesquisa e inovação: O Brasil quer avançar no acesso e transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento.
    • Sustentabilidade ambiental e climática: O G20 discute eventos climáticos extremos e também avalia o pagamento por serviços ecossistêmicos – tema de muito interesse do
      Brasil.
    • Emprego: O grupo que desenvolver ações para criar empregos de qualidade e promover o trabalho decente.
    • Transições energéticas: O tema é tratado como prioridade com uso de fontes de energia limpas e sustentáveis.
    • Redução do risco de desastres: O grupo avalia questões críticas relacionadas à gestão de crises e catástrofes em escala global. O grupo discute a promoção da prevenção e mitigação de riscos.
    • Turismo: A intenção é promover o setor, com foco na cooperação internacional.
    • Saúde: O G20 aborda questões relevantes da saúde global e incentiva a cooperação internacional e ação coordenada.

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