Presidente da COP: Decisão sobre petróleo na Margem Equatorial é do Brasil

Corrêa do Lago diz que transição energética é escolha nacional e depende de recursos

Duda Cambraia, da CNN Brasil, em Brasília
Compartilhar matéria

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou nesta sexta-feira (31) que a exploração de petróleo na Margem Equatorial é responsabilidade do Brasil.

“O Brasil e a sociedade brasileira é que vão decidir o que nós vamos fazer desse petróleo, se encontrarem petróleo”, afirmou Corrêa do Lago.

A fala do embaixador aconteceu durante uma entrevista à imprensa na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Brasília.

O presidente da COP30 ainda disse que a Margem Equatorial tem dimensão ambiental e climática:  “A dimensão ambiental é a que o Ibama se pronunciou. São as preocupações com possíveis impactos sobre o meio ambiente. A dimensão climática do petróleo é a decisão dos países de continuar ou não a aumentar a produção de petróleo nesse processo de transição”, pontuou Corrêa do Lago.

Margem Equatorial pode financiar transição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na semana passada que a autorização para perfuração de poços na Margem Equatorial não contraria os compromissos ambientais do Brasil. Segundo ele, a exploração de petróleo na região poderá financiar a transição energética do país.

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa na Indonésia, após Lula ser questionado sobre o impacto da medida às vésperas da COP30.

Para André Corrêa do Lago, não é incoerente usar a exploração do petróleo para financiar a transição.

“A questão de financiamento internacional é muito difícil. Os países (em desenvolvimento) têm que conseguir os recursos que podem. Há recursos para a exploração do petróleo e com o petróleo você receber recursos”, explicou o embaixador.

Acompanhe Economia nas Redes Sociais