Bolsas da Ásia fecham em baixa após tombo em Wall Street e dados da China

Dados que apontam para uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa também pesaram sobre os negócios

do Estadão Conteúdo
Telão em Xangai mostra flutuação dos mercados acionários
Telão em Xangai mostra flutuação dos mercados acionários  • Estela Aguiar
Compartilhar matéria

As bolsas asiáticas fecharam em queda expressiva nesta sexta-feira (14), acompanhando um tombo em Wall Street, à medida que ações ligadas à IA (inteligência artificial) seguem recuando em meio a temores de que seus preços tenham subido demais.

Dados que apontam para uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa também pesaram sobre os negócios.

Liderando o movimento na região, o índice sul-coreano Kospi caiu 3,81% em Seul, a 4.011,57 pontos, pressionado pelas fabricantes de chips Samsung Electronics (-5,45%) e SK Hynix (-8,50%).

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei recuou 1,77% em Tóquio, a 50.376,53 pontos, o Hang Seng cedeu 1,85% em Hong Kong, a 26.572,46 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,81% em Taiwan, a 27.397,50 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto apresentou queda de 0,97%, a 3.990,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto, de 1,36%, a 2.511,55 pontos.

Ontem, as bolsas de Nova York encerraram o pregão com fortes perdas, principalmente no setor de tecnologia, diante de temores persistentes de que papéis relacionados à IA tenham se valorizado excessivamente.

Incertezas sobre a divulgação atrasada de dados econômicos dos EUA, após o fim da paralisação do governo Trump, também azedaram o humor em Wall Street. Os dados são cruciais para que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) decida sobre possíveis novos cortes de juros.

A aversão a risco na Ásia veio também após indicadores chineses mostrarem que a desaceleração da segunda maior economia do mundo se agravou.

Os investimentos em ativos fixos, que incluem imóveis, tiveram uma contração anual de 1,7% entre janeiro e outubro, bem maior do que o declínio de 0,5% visto nos primeiros nove meses do ano.

Já a produção industrial da China subiu 4,5% no confronto anual de outubro e as vendas no varejo avançaram 2,9%, mas ambos os setores perderam fôlego em relação a setembro.

Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom negativo de Wall Street e da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 1,36% em Sydney, a 8.634,50 pontos.

Acompanhe Economia nas Redes Sociais