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    Dólar salta na Argentina por demanda represada, diz economista

    Fim das restrições cambiais provoca alta do dólar, mas medida é vista como positiva por especialista

    Da CNN

    A Argentina deu um passo significativo em direção à estabilização de sua economia ao remover as restrições cambiais e assegurar um empréstimo de US$ 20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    A medida, anunciada na sexta-feira (11) e colocada em prática nesta segunda-feira (14), resultou em uma alta do dólar de quase 12% no país.

    Segundo Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, a reação do mercado era esperada devido à demanda represada por dólares, tanto de pessoas físicas quanto de empresas que precisavam fazer remessas de dividendos para o exterior.

    “Quando você libera, realmente você tem um excesso de demanda que eleve os preços no curtíssimo prazo”, explicou Sung.

    O economista, no entanto, prevê um possível arrefecimento da cotação nas próximas semanas, após o choque inicial. Ele destaca o papel crucial das reservas internacionais como um “colchão” para evitar flutuações excessivas na taxa de câmbio.

    Unificação cambial e atração de investimentos

    Sung vê a mudança na política cambial como positiva para a economia argentina.

    “Um dos grandes problemas da Argentina realmente era o mercado cambial“, afirmou, referindo-se às múltiplas taxas de câmbio existentes no país, incluindo o câmbio oficial, o paralelo (conhecido como “blue”) e outras variações setoriais.

    A unificação cambial, segundo o economista, pode trazer mais estabilidade macroeconômica e previsibilidade, facilitando a atração de investimentos e a reativação das exportações. Isso, por sua vez, contribuiria para a recuperação das reservas internacionais do país.

    Desafios e perspectivas

    Apesar dos sinais positivos, como a desaceleração da inflação e a queda nas taxas de juros, Sung alerta para os desafios futuros, especialmente no contexto político.

    “A dúvida que fica é como será daqui pra frente, não só este ano, mas no próximo ciclo eleitoral”, pondera, destacando a importância da continuidade das reformas econômicas.

    O economista enfatiza que o principal problema a ser corrigido na Argentina é o fiscal. Resolver essa questão permitiria uma desaceleração contínua da inflação e uma queda maior nas taxas de juros.

    Além disso, Sung ressalta a importância de manter o foco na recuperação das reservas e na liberalização da economia para atrair investimentos e impulsionar o setor exportador.

    Com essas medidas, a Argentina busca estabelecer uma base mais sólida para o crescimento econômico sustentável, embora os desafios permaneçam significativos no curto e médio prazo.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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