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    Ibovespa fecha em alta de 0,95% e renova máxima em mais de 2 anos; dólar cai 1,1%, a R$ 4,85

    Sessão foi marcada por bom humor global e feriado nos principais centros financeiros do país

    Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro
    Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

    Da CNN*

    São Paulo

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    O Ibovespa voltou a renovar a máxima em mais de dois anos e o dólar teve queda firme ante o real nesta segunda-feira (20), em dia de bom humor no cenário internacional e com feriado em várias cidades do Brasil, incluindo São Paulo.

    O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia com alta de 0,95%, aos 125.957 pontos, o melhor patamar desde 28 de julho (126.285 pontos), e a quarta sessão seguida de valorização. Nas máximas do dia, o pregão chegou a superar a marca dos 126 mil pontos.

    Seguindo o clima visto no exterior, o dólar voltou a perder força ante o real diante das apostas do mercado em cortes dos juros nos Estados Unidos.

    O cenário fez a divisa norte-americana fechar a sessão com perda de 1,09%, negociado a R$ 4,852 na venda. Este foi a maior baixa diária desde 3 de novembro (-1,53%) e menor patamar de encerramento desde 2 de agosto (R$ 4,805).

    Juros dos EUA seguem no radar

    No cenário internacional, os mercados descartaram o risco de novos aumentos de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) após uma série de indicadores econômicos norte-americanos mais fracos do que o esperado na semana passada, especialmente após uma leitura de inflação que ficou abaixo das estimativas.

    Nesta terça (21), a autoridade monetária divulgará a ata da última reunião, realizada no início deste mês, que manteve os juros no atual patamar de 5,25% a 5,5% ao ano — o maior patamar em mais de duas décadas.

    Juros mais baixos nos Estados Unidos costumam favorecer divisas de países com retornos mais elevados, como o Brasil.

    “Continuamos a pensar que (ativos de) risco serão melhor negociados no final do ano e que o topo dos juros dos EUA já está aqui”, avaliou o Citi em relatório a clientes nesta segunda-feira.

    “A volatilidade das taxas dos EUA tem se comportado bem, o que normalmente apoia o ‘carry trade’ (retorno de taxas de juros) dos mercados emergentes.”

    Segundo o banco norte-americano, “o ambiente parece apoiar tanto os mercados de juros de mercados emergentes quando as moedas de mercados emergentes”.

    Ao mesmo tempo, a alta dos futuros de minério de ferro na Ásia e o salto dos preços do petróleo davam suporte a vários papéis do mercado de ações brasileiro, como os de da Vale (VALE3), que fecharam com alta de 2,45%.

    Risco fiscal

    Na cena local, temores fiscais continuavam no radar, embora membros do governo tenham afirmado que a meta de déficit zero em 2024 não será alterada, enfatizando a defesa pela aprovação de medidas que ampliem a arrecadação.

    Enquanto isso, na cena doméstica, “o debate sobre a meta fiscal de 2024 deve continuar gerando ruído sobre o mercado de câmbio, embora acreditemos que estes já tenham sido parcialmente digeridos”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, referindo-se a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao objetivo estabelecido por sua equipe econômica de zerar o déficit primário no ano que vem.

    Parte do governo e parlamentares chegaram a defender um afrouxamento do alvo com menções a possíveis metas de déficit de 0,25% ou 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano.

    Nos últimos dias, porém, membros do governo afirmaram que a meta de déficit zero em 2024 não será alterada, enfatizando a defesa pela aprovação de medidas que ampliem a arrecadação.

    “Vemos espaço para o real continuar com a performance, com um ambiente mais construtivo para os eventos de risco (no exterior) nos próximos dias”, completou Moutinho.

    Veja também: Milei indica que vai privatizar petroleira, companhia aérea e rede de TV argentina

    *Publicado por Gabriel Bosa, com Reuters

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