Varejo de SP tem melhor 1º semestre em faturamento desde 2008, diz FecomercioSP

Entre janeiro e junho, as vendas varejistas aumentaram 11,3%, o que representa um crescimento de R$ 54,7 bilhões ante o mesmo período de 2021

Italo Bertão Filho, do Estadão Conteúdo
FecomercioSP acrescenta que essas condições aumentaram o nível de confiança dos consumidores no período  • Fernando Frazão/Agência Brasil
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O comércio varejista no estado de São Paulo encerrou o primeiro semestre com um faturamento real 37% acima da média histórica para o período.

O resultado é o maior para o semestre desde o início da série, em 2008.

Entre janeiro e junho, as vendas varejistas aumentaram 11,3%, o que representa um crescimento de R$ 54,7 bilhões ante o mesmo período de 2021.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), divulgada pela FecomercioSP.

A federação afirma, em nota, que "a melhora do nível de emprego, a queda da inflação, o aumento da oferta de crédito (na primeira metade do ano, as concessões crescerem 26%) e a normalização do cenário da pandemia são alguns fatores que explicam os resultados".

A FecomercioSP acrescenta que essas condições aumentaram o nível de confiança dos consumidores no período.

Em junho, as vendas reais apresentaram crescimento de 8,5% ante igual mês do ano anterior, com faturamento real de R$ 93,3 bilhões.

A alta foi o melhor resultado da série histórica para o mês.

Nas vendas acumuladas, todos os segmentos avaliados na pesquisa apresentaram recordes históricos, com exceção das concessionárias de veículos e das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos.

O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados liderou o total de vendas em junho, com crescimento de 18,4%.

O setor foi seguido pelos setores de farmácias e perfumarias (14,9%), lojas de autopeças e acessórios (14,2%), outras atividades (12,7%) e supermercados (7,2%).

Também houve alta nos segmentos de concessionárias de veículos (3,4%), lojas de materiais de construção (1,9%), lojas de móveis e decoração (0,7%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (0,1%).

Para o segundo semestre, a instituição acredita que os resultados devem continuar positivos, ainda que menores. "

Considerando o nível de consumo atual --- e a recuperação já em andamento no setor de serviços, que deve promover uma injeção considerável de recursos na economia paulista ---, o ritmo de expansão do setor deve se manter ao longo do segundo semestre, entretanto, com taxas menos vigorosas em relação às atuais", explica.

A federação avalia também que "fatores imprevisíveis, como os políticos e sociais, e turbulências inesperadas na economia podem exercer reflexos negativos na confiança do consumidor".

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