Fair Play financeiro
O impacto do Fair Play Financeiro no futebol sul-americano
Conheça mais sobre o conceito e objetivos do Fair Play Financeiro, como o controle é utilizado no futebol europeu e como deve impactar no futebol brasileiro e sul-americano, se implementado.


Desde 2024, o Fair Play Financeiro no futebol tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões, contando com o apoio de diversos setores para sua implementação no futebol brasileiro. Além do cenário nacional, o sul-americano também está em movimento.
Conheça mais sobre o conceito, como foi consolidado no futebol europeu e quais seus impactos para o futebol brasileiro e sul-americano.
Como funciona o Fair Play Financeiro no futebol?
O Fair Play Financeiro (FPF) é um conjunto de regras estabelecidas para promover a sustentabilidade econômica dos clubes de futebol, garantindo que suas despesas não excedam suas receitas.
Implementado inicialmente pela UEFA em 2009, o FPF tem como principal objetivo evitar que clubes acumulem dívidas excessivas e assegura um equilíbrio competitivo nas competições europeias.
As discussões em torno do tema, para que as finanças no futebol também sejam mais justas, não são um assunto recente. Contudo, o cenário parece estar se desenhando para caminhos mais concretos, após anos de diálogo.
Será que o futebol brasileiro e sul-americano se aproximam de um modelo já utilizado em Ligas da Europa?
Comparação entre os modelos europeu e sul-americano
Na Europa, o FPF é rigorosamente aplicado pela UEFA, que exige que os clubes apresentem declarações financeiras periódicas para comprovar a ausência de atrasos salariais. Além disso, há um controle financeiro que limita os prejuízos.
O sistema limita os prejuízos a €60 milhões em três temporadas, com possibilidade de flexibilização até €90 milhões.
Clubes como Barcelona e Manchester United já foram punidos por infrações a essas regras.
Na América do Sul, a aplicação do FPF ainda está em desenvolvimento. A Conmebol não possui um sistema de controle financeiro tão estruturado quanto o europeu, o que resulta em uma fiscalização menos rigorosa e na ausência de sanções significativas para clubes que enfrentam problemas financeiros.
Fair Play Financeiro no Brasil
No Brasil, tanto a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) quanto a Liga Forte União do Futebol Brasileiro (LFU), manifestaram apoio à criação de regras financeiras para garantir maior equilíbrio na gestão dos times.
A CBF, porém, também aguarda que os clubes tomem a iniciativa de debater o tema. Anteriormente, tentativas de implementação não avançaram por falta de consenso entre as equipes.
Os dois principais blocos dos clubes do Brasil já enxergam o FPF como uma forma eficiente de organização e gestão, especialmente pela sustentabilidade dos clubes a longo prazo.
A discussão ganha força em meio à maior janela de transferências da história do futebol brasileiro, que já movimentou cerca de 380 milhões de euros (R$ 2,3 bilhões).
Como o Fair Play Financeiro pode atuar e impactar?
- Impacto nas SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol): no Brasil, a transformação de clubes em SAFs tem sido uma tendência crescente.
As SAFs buscam uma gestão mais profissional e transparente, o que pode facilitar a adoção de práticas alinhadas ao Fair Play Financeiro. Entretanto, a falta de regulamentação específica no país ainda representa um desafio para a implementação efetiva dessas práticas.
- Influência no patrocínio e arrecadação dos clubes: a ausência de regras financeiras claras na América do Sul pode afetar negativamente a busca por patrocínios e acordos comerciais.
Empresas de apostas esportivas, por exemplo, que têm se tornado patrocinadoras relevantes no futebol sul-americano, podem hesitar em investir em clubes com gestões financeiras instáveis. Clubes que adotam práticas financeiras responsáveis tendem a atrair mais patrocinadores e a diversificar suas fontes de receita.
- Formação de jogadores e categorias de base: sem a pressão de cumprir regras financeiras rigorosas, alguns clubes sul-americanos podem negligenciar investimentos em suas categorias de base.
Por outro lado, clubes que investem na formação de jovens talentos podem reduzir gastos com contratações e obter retornos financeiros significativos com a venda desses atletas, promovendo uma gestão financeira mais sustentável.
- Contratações e salário de jogadores: a ausência de um FPF rigoroso na América do Sul permite que clubes realizem contratações milionárias sem a devida responsabilidade financeira, o que pode levar ao endividamento excessivo.
Além disso, a falta de controle sobre os salários dos jogadores pode provocar inflação no mercado e criar desigualdades entre os clubes, afetando a competitividade das competições locais.
- Reflexo no desempenho dos clubes em competições internacionais: clubes sul-americanos que adotam práticas financeiras responsáveis tendem a apresentar um desempenho mais consistente em competições internacionais. A gestão financeira sólida permite investimentos estratégicos e sustentáveis.
Conclusão
A adoção do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro e sul-americano pode ser essencial para garantir a sustentabilidade dos clubes e a competitividade das competições.
Embora a implementação dessas regras enfrente desafios significativos, como a adaptação à cultura local e a necessidade de fiscalização eficaz, os benefícios também podem ser expressivos.
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