Ronaldo defende técnico estrangeiro na Seleção Brasileira e cita Abel Ferreira
Além do atual técnico do Palmeiras, Carlo Ancelotti, José Mourinho e Fernando Diniz também foram citados por ex-atacante
Ronaldo Fenômeno é mais um a defender a contratação de um técnico estrangeiro para suceder Tite no comando do Brasil.
Sempre comandado por treinadores brasileiros na seleção, o ex-atacante tem o entendimento de que o jejum de títulos em Copas, que completará 24 anos no Mundial de 2026, abre o caminho para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) “arriscar e inovar” na escolha do novo comandante.
“Eu sou a favor de um nome estrangeiro. Não sustento o tabu de que o estrangeiro não pode contribuir com o futebol brasileiro. Temos grandes exemplos no Brasil, inclusive o meu treinador no Cruzeiro é uruguaio (Paulo Pezzolano)”, argumentou Ronaldo em entrevista à imprensa em Doha, no Catar.
Ronaldo tem três estrangeiros entre os seus preferidos, dois veteranos e um jovem treinador que tem feito muito sucesso no Palmeiras.
“O (Carlo) Ancelotti, o Abel (Ferreira), do Palmeiras, o (José) Mourinho, da Roma“, mencionou. “Todos eles estão empregados, mas são nomes incríveis. Eu apoiaria esse tipo de decisão”. O italiano Ancelotti, hoje no Real Madrid, foi treinador de Ronaldo no Milan.
Ronaldo disse que o momento é “propício para arriscar, inovar e trazer uma novidade para a seleção”, e fez a avaliação de que existem poucos nomes brasileiros com capacidade para treinar a seleção. O seu favorito nessa pequena lista de profissionais nacionais é Fernando Diniz, do Fluminense.
“Tem grandes nomes internacionais na mesa, as opções brasileiras eu não vejo muitas. O Fernando Diniz é um dos brasileiros que mais me agrada nesse momento”.
A escolha do técnico da seleção brasileira sempre foi uma decisão pessoal de quem comandava a CBF, direta ou indiretamente. O presidente Ednaldo Rodrigues manterá essa tradição. Ele até admite a possibilidade de ouvir um ou outro conselho, mas a escolha será exclusivamente dele.
No fim da entrevista, o gestor do Cruzeiro e do Real Valladolid, da Espanha, foi desafiado a dizer um nome em específico que mais lhe agrada e que indicaria à CBF. Ele pensou por alguns segundos e evitou escolher uma só opção. “Eu sei onde vocês querem chegar”, brincou.
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Camisa I do Catar para a Copa do Mundo 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II do Catar para a Copa do Mundo 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I do Equador para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divukgação/Marathon
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Camisa II do Equador para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Marathon
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Camisa I de Senegal para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II de Senegal para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Holanda para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II da Holanda para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I da Inglaterra para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II da Inglaterra para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I dos Estados Unidos para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II dos Estados Unidos para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I do País de Gales para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II do País de Gales para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I do Irã para a Copa do Mundo 2022 • Divulgação/Majid
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Camisa II do Irã para a Copa do Mundo do Catar • Divulgação/Majid
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Camisa I da Argentina para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II da Argentina para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Arábia Saudita para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II da Arábia Saudita para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I do México para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II do México para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I da Polônia para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II da Polônia para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da França para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II da França para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I da Austrália para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II da Austrália para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Dinamarca para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Hummel
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Camisa II da Dinamarca para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Hummel
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Camisa I da Tunísia para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Kappa
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Camisa II da Tunísia para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Espanha para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II da Espanha para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I da Costa Rica para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/New Balance
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Camisa II da Costa Rica para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/New Balance
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Camisa I da Alemanha para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II da Alemanha para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I do Japão para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II do Japão para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I da Bélgica para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa II da Bélgica para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Adidas
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Camisa I do Canadá para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II do Canadá para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I de Marrocos para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divlugação/Puma
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Camisa II de Marrocos para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divlugação/Puma
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Camisa I da Croácia para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II da Croácia para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I do Brasil para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II do Brasil para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I de Camarões para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II de Camarões para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Sérvia para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Puma
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Camisa II da Sérvia para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Puma
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Camisa I da Suíça para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Puma
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Camisa II da Suíça para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Puma
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Camisa I de Portugal para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II de Portugal para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa I de Gana para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II de Gana para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I do Uruguai para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa II do Uruguai para a Copa do Mundo do Catar 2022
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Camisa I da Coreia do Sul para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
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Camisa II da Coreia do Sul para a Copa do Mundo do Catar 2022 • Divulgação/Nike
“Eu não posso dar essa opinião porque o processo de selecionar um treinador é muito complexo. Não depende só de uma escolha simples”, justificou, citando a sua dinâmica em relação à seleção de um técnico no Cruzeiro e no Valladolid. “Jogar os nomes é só especular por especular”.
O perfil buscado pela CBF é de alguém vencedor e que tenha identidade com o futebol nacional. O pragmatismo é bem-vindo, uma vez que conquistar a Copa do Mundo passou a ser uma obsessão. Se o Brasil falhar novamente na próxima edição, alcançará o maior jejum desde que conquistou o torneio pela primeira vez, em 1958.
Mas o presidente Ednaldo Rodrigues também vai atrás de um técnico que saiba fazer a seleção jogar bonito e que encante o torcedor.
A ideia de romper com o paradigma de sempre ter técnicos brasileiros no comando da CBF e contratar um estrangeiro agrada Ednaldo, desde que esse profissional “tenha competência e realmente um envolvimento com aquilo que o futebol brasileiro necessita”, nas palavras do mandatário.
A procura já começou, mas o sucessor de Tite só será anunciado em janeiro de 2023. As informações de que “emissários” do dirigente haviam sondado o staff de Pep Guardiola e de alguns treinadores que atuam no país sempre foram negadas com veemência.
Malandragem
Artilheiro da Copa do Mundo de 2002, quando comandou a seleção na conquista do penta, Ronaldo voltou a dizer que a Seleção Brasileira foi eliminada por falta de malandragem.
Na avaliação dele, o Brasil fez uma boa competição, “com poucos erros”, mas considerou que o time foi inocente demais na prorrogação diante da Croácia, pelas quartas de final.
“Diretamente ao ponto do que eu acho que foi decisivo para a gente ser desclassificado: faltou aquela malandragem que é nossa característica também. Não é só uma característica de argentino, de catimba. Nós temos muitas características positivas, o nosso talento, o drible, a nossa ousadia, a nossa alegria, mas também é característica nossa a malandragem ‘positiva’, de você segurar o jogo que já está decidido”, apontou o ex-jogador.
“A gente está acompanhando esta Copa e a gente vê o quão difícil é fazer um gol. Uma vez que você faz um gol dentro de uma prorrogação, faltando cinco minutos para acabar, este jogo tem que estar acabado.”
“De alguma maneira a Seleção Brasileira tinha que ter essa malandragem, segurar a bola, talvez não arriscar tanto na frente, fazer com que nada acontecesse. Já tinha conseguido isso durante a maior parte do jogo, a Croácia só fez um chute a gol e foi esse que desviou no Marquinhos e acabou entrando”, considerou Ronaldo.
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O estádio Al Bayt vai receber a partida de abertura da Copa do Mundo, no dia 20 de novembro; ele foi inspirado nas tendas usadas historicamente pelos povos nômades do Catar. • Divulgação
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O estádio Khalifa International é o único que já existia antes do anúncio de que o país seria sede do campeonato mundial, e foi reformado para o torneio. • Divulgação
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O estádio Education City fica na cidade de Al Rayyan, em uma área cercada por universidades. • Divulgação
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O estádio 974 é o primeiro estádio da Fifa que pode ser completamente desmontado após a Copa. • Divulgação
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O estádio Al Thumana foi inspirado na “gahfiya” – uma touca tradicionalmente usada pelos homens árabes. • Divulgação
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O estádio Al Janoub foi inspirado nos barcos “dhow”, veleiros usados tradicionalmente na região do Mar Vermelho. • Divulgação
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O estádio Ahmad bin Ali servirá como sede do time de futebol Al Rayyan Sports Club após a Copa. • Divulgação
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O estádio Lusail receberá a final da Copa do Mundo; seu design foi inspirado nas projeções de luz e sombra das tradicionais lanternas “fanar”. • Divulgação
Na avaliação do atacante, o trabalho no geral foi bem feito.
“Tenho que ser justo com o cenário inteiro, e devo admitir que toda a gestão logística da CBF foi extremamente positiva. Os jogadores tiveram a privacidade que precisavam, e ao mesmo tempo teve o tempo de atender a imprensa, teve o tempo de estar próximo à família. Nesse sentido, a CBF atuou muito bem ao longo de toda a competição”, avaliou.
“A Seleção Brasileira teve muita coisa positiva que a gente vai reaproveitar mais pra frente, com certeza. Jovens talentosíssimos e mais experientes que atuaram super bem também”, acrescentou Ronaldo.
“Tivemos muita coisa boa, muito legado bom nesta Copa, e por um pequeno detalhe, que eu chamaria dessa malandragem do futebol, essa catimba que faltou especialmente depois de fazer o gol na prorrogação (o Brasil foi eliminado). Aí o jogo já deveria começar a diminuir o ritmo, manter a posse da bola. O time da Croácia já estava cansado, a seleção também. A gente aprende isso muito cedo, nas categorias de base, sobre como esfriar o jogo, manter a posse de bola. Com a qualidade da nossa seleção seria muito mais fácil. Aí foi exatamente onde nós pecamos.”
Pênaltis
Para o ex-atacante, a ordem dos cobradores nas penalidades máximas não deve ser motivo de críticas. O batedor oficial da seleção foi escalado por último e nem sequer teve chances de bater a gol. Rodrygo, de apenas 21 anos, abriu a série e errou.
“Não concordo com nenhuma das teorias sobre a escalação na disputa de pênaltis. Nas sequência de disputa de pênaltis é extremamente delicado chegar para o jogador e mostrar que você não tem confiança nele, pedindo que outro assumisse seu lugar. Isso não existe no futebol num grupo onde todos têm plena confiança no treinador”, apontou Ronaldo.
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Pôster da Copa de 1930 (Uruguai) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1934 (Itália) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1938 (França) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1950 (Brasil) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1954 (Suíça) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1958 (Suécia) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1962 (Chile) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1966 (Inglaterra) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1970 (México) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1974 (Alemanha) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1978 (Argentina) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1982 (Espanha) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1986 (México) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1990 (Itália) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1994 (Estados Unidos) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 1998 (França) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2002 (Japão e Coreia do Sul) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2006 (Alemanha) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2010 (África do Sul) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2014 (Brasil) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2018 (Rússia) • Reprodução/ Fifa
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Pôster da Copa de 2022 (Catar) • Reprodução/ Fifa
“Você chegar e pedir para trocar é um grande absurdo, e quem sustenta esta teoria pra mim não entende a dinâmica de um grupo”.
Em termos gerais, o ex-atacante se disse satisfeito com o desempenho do Brasil na Copa do Mundo.
“Eu gostei. Acho que o Tite cometeu alguns erros durante a competição, pequenos erros. Gostei muito de quando o Brasil era bem ousado, na estreia, e quando a gente tinha essa ousadia de ir atacar, mas tendo o equilíbrio também na hora de defender. O Brasil sofreu muito pouco nesta competição”, declarou.
“Não tenho uma crítica mais elaborada por algum setor do time. Talvez eu senti falta de laterais que pudessem avançar mais, acho que o Danilo ficou sobrecarregado na esquerda. Cumpriu muito bem a parte defensiva, mas a Seleção Brasileira historicamente teve laterais que cumpriam muito bem essa função defensiva, mas se apresentavam na frente”, avaliou.