É importante que a Copa traga luz para pautas de Direitos Humanos, diz advogada

À CNN Rádio, a especialista em Direitos Humanos Victoriana Leonora Gonzaga afirmou que competição no Catar ampliou a discussão, envolvendo diversos atores

Amanda Garcia, da CNN
Uma visão externa geral do Lusail Stadium, que sediará a final antes da Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022 em 17 de novembro de 2022 em Doha, Qatar  • Getty Images
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É importante utilizar a Copa do Catar para “ressaltar diferentes pautas” dos Direitos Humanos.

Esta é a avaliação da advogada especializada em Direitos Humanos Victoriana Leonora Gonzaga, em entrevista à CNN Rádio.

A Copa do Mundo do Catar tem se destacado por uma série de violações, como a LGBTfobia, misoginia, falta de respeito às religiões e credos, racismo, trabalho escravo e violação à liberdade de imprensa.

Segundo a advogada, o diálogo é essencial neste contexto, já que ela “permite transformação, mesmo que não do dia para a noite.”

Ela destaca que a Copa trouxe um paradigma diferente em termos da discussão.

“Falamos de responsabilidade de patrocinadores, times, espectadores”, disse.

Isso, de acordo com Victoriana, muda a perspectiva, que antes era entre indivíduo e estado.

“O conflito era entre um indivíduo que sentia seus direitos violados e questionava o estado. Hoje é um cenário em que instituições como a Fifa, empresas e patrocinadores são cobrados, isso é um grande avanço”, classificou.

Ela acredita que é preciso um número maior de atores para compreender os muitos desafios de direitos humanos e as suas complexidades.

O Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado em 10 de dezembro e Victoriana vê “passos para frente e para trás” no tema como um todo.

“Estamos em um processo, temos que adotar um modelo justo e avançar nessa temática”, concluiu.

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*Com produção de Isabel Campos

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