Governo teme que embarque do Hezbollah agrave conflito e aumente tensão na região, dizem fontes
Centenas de foguetes foram disparados da Faixa de Gaza e do sul do Líbano contra a cidade israelense de Ashkelon na manhã desta terça
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Acredita-se que o Hamas esteja abrigando no subsolo um número considerável de combatentes e armas • Reuters
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O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro quando o grupo extremista islâmic disparou uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza sobre o país judaico. A ofensiva contou ainda com avanços de tropas por terra e pelo mar • Reuters
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Foguetes disparados em Israel a partir de Gaza • REUTERS/Amir Cohen
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Após os ataques aéreos, o Hamas avançou no território israelense e invadiu a área onde estava acontecendo um festival de música eletrônica; mais de 260 corpos foram encontrados no local • Reprodução CNN
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Carros foram deixados para trás pelos motoristas que tentavam fugir do grupo extremista islâmico • Reuters
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Imagens mostram carros abandonados e sinais de explosões após ataque em festival de música eletrônica em Israel • Reuters
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As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de refugiados. Israel declarou "cerco total" e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino • 13/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
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Destruição em campo de refugiados palestinos em Gaza após ataque aéreo de Israel • Reuters
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Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza • 09/10/2023 REUTERS/Mahmoud Issa
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Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em Gaza • Reuters
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Prédios destruídos na Faixa de Gaza • Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Escombros de prédio destruído após sataques em Sderot, no sul de Israel • Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
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Delegacia destruída no sul de Israel após ataque do Hamas • REUTERS/Ronen Zvulun
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Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na Cisjordânia • Anadolu Agency via Getty Images
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As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza • Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros tentaram apagar incêndios em Israel após bombardeio de Gaza no sábado (7) • Reuters
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Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado (7) • CNN
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Veja como funciona o sistema antimíssil de Israel • CNN
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Ataque israelense na Faixa de Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Imagens se satélite mostram destruição na Faixa de Gaza • Reprodução/Reuters
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023. • Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023. • Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Barco de pesca pega fogo no porto de Gaza após ser atingido por ataques de Israel. • Reuters
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios destruídos por Israel em Gaza • 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel • 09/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Soldados israelenses carregam corpo de vítima de ataque realizado por militantes de Gaza no kibbutz de Kfar Aza, no sul de Israel • 10/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
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Destruição em Gaza provocada por ataques israelenses • 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Ataque israelense na Faixa de Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
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Munição israelense é vista em Sderot, Israel, na segunda-feira • Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Chamas e fumaça durante ataque israelense a Gaza • 09/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Sistema antimísseis de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza • 09/10/2023REUTERS/Amir Cohen
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Hospital na Faixa de Gaza usa geladeiras de sorvete para colocar cadáveres devido à superlotação do necrotério • Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Fumaça sobe após um ataque aéreo israelense no oitavo dia de confrontos na Faixa de Gaza, em 14 de outubro de 2023 • Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Homem palestino lava as mãos em uma poça ao lado de um prédio destruído após os ataques israelenses na Cidade de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Embaixada dos EUA no Líbano é alvo de protestos • Reprodução CNN
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Palestinos protestam na Cisjordânia contra ataques de Israel
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Hospital em Gaza é atingido por um míssil • Reprodução
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Hospital atacado em Gaza • Reprodução
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Palestinos procuram vítimas sob escombros de casas destruídas por ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza • 17/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Cidadã palestina inspeciona sua casa destruída durante ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 17 de outubro de 2023 em Khan Yunis • Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Tanque de guerra israelense • Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Ataque de Israel contra Gaza • 11/10/2023REUTERS/Saleh Salem
O governo brasileiro acompanha com preocupação o embarque do Hezbollah, organização militante xiita libanesa, no conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.
A avaliação de uma fonte do governo, ouvida em caráter reservado pela CNN, é a de que, se isso acontecer, o Líbano — e não apenas o Hezbollah, que controla o sul do país — pode passar a ser um alvo de Israel, aumentando a tensão na região.
Na manhã desta terça-feira (10), final da tarde no horário local, centenas de foguetes foram disparados da Faixa de Gaza e do sul do Líbano contra a cidade israelense de Ashkelon.
Não só o Líbano, mas também o Irã pode passar a ser um ator no conflito entre Israel e Hamas, tensionando ainda mais a relação entre os países da região.
Teerã, que elogiou a operação de sábado (7), negou envolvimento. A missão do Irã nas Nações Unidas emitiu um comunicado chamando o ataque de “fortemente autônomo e inabalavelmente alinhado com os interesses legítimos do povo palestino”.
O vice-conselheiro de segurança nacional, Jon Finer, reiterou na segunda-feira que os Estados Unidos acreditam que o Irã é “amplamente cúmplice” nos ataques do Hamas em Israel, mas disse que os EUA não têm “informações diretas” que vinculem esses ataques ao Irã neste momento.
“O que podemos ser bastante claros é que o Irã é amplamente cúmplice nesses ataques por apoiar o Hamas há décadas”, disse Finer, apontando para armas, treinamento e outro apoio financeiro.
“O que não temos são informações diretas que mostrem o envolvimento iraniano na ordenação ou planejamento dos ataques que ocorreram nos últimos dias. É algo que vamos continuar examinando de perto”, afirmou.
Israel diz que o Irã apoia o Hamas com cerca de US$ 100 milhões por ano (cerca de R$ 513 milhões). O Departamento de Estado dos EUA disse em 2021 que o grupo recebe financiamento, armas e treinamento do Irã, bem como alguns fundos arrecadados em países árabes do Golfo.
Uma ala do governo brasileiro avalia que a política de isolamento e de imposição de sanções obriga países como o Irã a manter a opção da força sobre a mesa. Isso faz com que nações sob essas condições encontrem pares descontentes que vão se aliar para brigar por inimigos em comum.
VÍDEO: Lula pede a ministros prioridade para retirada de brasileiros em Israel e Gaza
Repatriação e diálogo
O governo tem como prioridade número 1 neste momento a repatriação dos brasileiros que estão na região. Até a noite de segunda-feira, 2,2 mil pessoas procuraram a embaixada do país em Israel para expressar o desejo de retornar ao Brasil.
Dos aproximadamente 40 brasileiros na Faixa de Gaza, o Escritório de Representação do Brasil em Ramala identificou 25 interessados em voltar ao país.
A primeira aeronave com 211 brasileiros chega a Brasília na madrugada desta quarta-feira (11). A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que até domingo a expectativa é de que 900 brasileiros estejam de volta ao país. É a maior operação de repatriação da história da FAB.
Outra prioridade do governo é buscar o diálogo político e trazer para a conversa os atores envolvidos no conflito. A convocação da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas no domingo foi o pontapé inicial dessa mobilização do governo, que preside temporariamente o órgão.
A hora, na avaliação dessa fonte ouvida pela CNN, é de ouvir esses atores para mapear o conjunto de posições apresentadas para, em um segundo momento, oferecer uma saída que mostre que a contenção pode ajudar a costurar um acordo. Para o governo, a solução militar não dará certo e vai apenas agravar a situação.
Processo de paz
Em entrevista à CNN na segunda-feira, o chefe da assessoria internacional da Presidência da República, Celso Amorim, disse não ver chances de retomada do processo de paz entre Israel e Palestina no curto prazo.
Amorim condenou os ataques a Israel, mas também chamou atenção para a postura do governo Benjamin Netanyahu nos últimos anos.
“Quando a esperança [em um processo de paz] desaparece, o desespero acaba prevalecendo”, disse, em referência a políticas do governo Netanyahu em Israel, como a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
“Não diminui em absolutamente nada a agressão [contra Israel], obviamente vamos condenar ações contra civis, mas é preciso levar em conta que, enquanto os palestinos tinham alguma esperança na paz, não ocorreu. Não podemos ver isso como um fato isolado”.
Para Amorim, o mais relevante neste momento é conclamar à autocontenção, para evitar uma escalada no conflito. “Os países da região precisam atuar diretamente nesse exercício de exortar à autocontenção”.