Irã pede que ONU responsabilize EUA por ataques contra instalações nuclear

O ministro das Relações Exteriores do país disse que o presidente americano e outros funcionários tem "responsabilidade criminal" pela ofensiva

Da Reuters
Chanceler iraniano Abbas Araghchi em Istambul  • 21/6/2025 REUTERS/Umit Bektas
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, pediu que as Nações Unidas imponham "medidas apropriadas" contra os Estados Unidos e Israel pelos ataques militares de junho contra instalações nucleares iranianas.

Araghchi afirmou que o presidente americano e outros funcionários têm "responsabilidade criminal" pelos ataques.

Em carta enviada na quarta-feira (12) ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao Conselho de Segurança da ONU, Araghchi afirmou que Israel e os Estados Unidos devem ser submetidos a reparações, incluindo restituição e compensação pelos danos causados ​​no Irã.

Representantes da missão dos EUA na ONU e do gabinete de Guterres não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Em entrevista coletiva, Trump disse em 6 de novembro que ele estava "totalmente no comando" do ataque inicial de Israel ao Irã.

Araghchi afirmou que o comentário de Trump constitui prova clara do controle dos EUA durante a guerra aérea de 12 dias entre o Irã e Israel, que, segundo a mídia estatal iraniana, matou mais de 900 pessoas, incluindo militares iranianos.

 

"Isso não prejudica a responsabilidade criminal individual de todos os indivíduos, inclusive dentro do regime israelense, envolvidos em comandar, ordenar, cometer, auxiliar, instigar ou de qualquer outra forma contribuir para a prática de crimes de guerra", disse o ministro iraniano.

A exigência de ação da ONU contrasta com os recentes apelos de líderes dos EUA e do Irã por uma resolução para o conflito que já dura décadas.

O vice de Araghchi afirmou no início desta semana que o Irã deseja chegar a um acordo nuclear pacífico com os Estados Unidos.

Trump afirmou no mês passado que os EUA estavam preparados para fazer um acordo com o Irã quando Teerã estivesse pronta para fazê-lo, acrescentando: "A mão da amizade e da cooperação está estendida".