Rússia está incondicionalmente ao lado do povo da Venezuela, diz embaixador

Em mensagem no Telegram, Sergey Melik-Bagdasarov reafirmou laços com país sul-americano em meio às tensões com os Estados Unidos

Giovanna Csiszar, da CNN Brasil*
Manifestante de oposição protesta contra vitória declarada por Maduro em eleição na Venezuela  • 29/07/2024REUTERS/Alexandre Meneghini
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O embaixador russo na Venezuela, Sergey Melik-Bagdasarov, disse nesta segunda-feira (1°) que a Rússia "continua incondicionalmente ao lado do povo" venezuelano.

A mensagem foi publicada no Telegram, em meio às tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos. O governo americano acusa Nicolás Maduro de ser o líder do "Cartel de los Soles".

A rede é designada como organização terrorista por autoridades americanas, e é acusada de agir em conjunto com a gangue criminosa Tren de Aragua para enviar narcóticos aos EUA.

Desde setembro, A Casa Branca aumentou a pressão contra o regime de Maduro enviando navios de guerra e aeronaves de ataque para o mar do Caribe, realizando ataques contra barcos que supostamente estariam transportando drogas na região.

Na mensagem desta segunda, Melik-Bagdasarov afirma que a Rússia assinou diversos documentos que fortalecem os laços com a Venezuela.

"Juntamente com a delegação venezuelana, realizamos a 19ª reunião da Comissão Intergovernamental de Alto Nível na Rússia, onde assinamos uma série de documentos importantes com o objetivo de fortalecer e desenvolver ainda mais nossa parceria estratégica em nome da paz e do progresso", escreveu.

O embaixador também relembrou acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, chamada de "Grande Guerra Patriótica" pelos russos. Melik-Bagdasarov mencionou um bloqueio imposto à Venezuela durante o período do conflito, enfatizando a esperança de vitória mesmo em meio à dificuldade.

"Ao decolar de São Petersburgo rumo a Caracas, lembrei-me também do terrível bloqueio imposto pelos fascistas a esta bela cidade durante a Grande Guerra Patriótica. Foram tempos extremamente difíceis e trágicos, mas todos acreditavam que a vitória viria", destacou.

*sob supervisão de Tiago Tortella, da CNN Brasil