BA: polícia prende suspeito de usar deepfake para aplicar golpes bancários

Grupo criminoso utilizava inteligência artificial para manipular imagens e burlar a segurança dos bancos

Camila Tíssia, da CNN, Salvador
  • Divulgação - Ascom/PCBA
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Um grupo criminoso voltado à prática de fraudes eletrônicas contra instituições financeiras foi alvo da Polícia Civil da Bahia. Um suspeito acabou preso e diversos materiais fraudulentos apreendidos.

De acordo com as investigações, o grupo utilizava a tecnologia de deepfake, baseada em inteligência artificial para manipulação de imagens e vídeos, como forma de burlar os mecanismos de segurança dos bancos.

Os mandados foram cumpridos em Camaçari, na Região Metropolitana, e mais dois bairros de Salvador. Nos locais a polícia encontrou, 136 cédulas de identidade falsas, 11 máquinas de cartão, 20 cartões de crédito de terceiros, nove celulares, 110 chips, além de uma impressora e um notebook. Um dos alvos foi preso em flagrante com parte significativa do material, segundo a PC.

Com identidades forjadas e manipulações visuais, os criminosos conseguiam abrir contas bancárias em nome de terceiros, acessar créditos pré-aprovados e causar prejuízos expressivos às instituições.

A Operação Deep Fraud foi deflagrada na terça-feira (17), pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC).

O diretor do DEIC, delegado Thomas Galdino, destacou o empenho e prioridade da Polícia Civil no enfrentamento aos crimes cibernéticos. “O uso negativo desta tecnologia representa um novo estágio na sofisticação das fraudes. Estamos reforçando nossas ações de inteligência para antecipar e neutralizar essas práticas, protegendo os sistemas bancários e os usuários”, afirmou.