Corregedoria investiga policial acusado de ameaçar a jornalista Natuza Nery; veja repercussão
Ministros cobram rápida resposta do poder público; jornalista diz que foi abordada por agente enquanto fazia compras em supermercado
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Jornalista Natuza Nery • Araujo/Agnews
A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a conduta de um policial civil acusado de ameaçar a jornalista da GloboNews Natuza Nery, na noite de segunda-feira (30), em um supermercado na zona oeste de São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 14º Distrito Policial, em Pinheiros, a jornalista acionou a Polícia Militar após ser confrontada pelo agente de segurança no momento que fazia compras. Ambos foram levados à delegacia, onde a Corregedoria assumiu o caso.
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gimar Mendes, se posicionou sobre o caso no X. “O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”, disse o magistrado.
O Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, também se manifestou na rede social e cobrou rapidez na investigação e responsabilização ao agressor.
Minha solidariedade irrestrita à jornalista @NatuzaNery Natuza Nery, que sofreu um ataque recente de um agente do Estado. As autoridades de SP devem agir rapidamente para investigar e responsabilizar o agressor.
A liberdade de expressão e o trabalho dos jornalistas são…
— Jorge Messias (@jorgemessiasagu) January 1, 2025
Investigação
Equipes da polícia civil procuram por imagens de câmeras do estabelecimento que possam ter registrado o incidente. Testemunhas também serão convocadas para depor.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma investigação administrativa foi aberta contra o policial, que pode resultar no afastamento do agente da corporação.
O caso, inicialmente noticiado pela Folha de S. Paulo, foi confirmado pela CNN. A reportagem procurou a TV Globo, onde Natuza trabalha para obter um posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve retorno até o momento.
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo se manifesta
A Abraji repudia a agressão sofrida pela jornalista da GloboNews Natuza Nery e se solidariza com ela, ameaçada por um policial civil que deveria atuar na segurança da sociedade.
Natuza fazia compras em um supermercado de Pinheiros, em São Paulo, na noite de segunda-feira (30 de dezembro), quando foi insistentemente ofendida pelo policial, que afirmou que pessoas como ela deveriam ser “aniquiladas.”
Um policial civil é um servidor público comprometido com a segurança pública e deve zelar pela manutenção dos valores da democracia, como a liberdade de imprensa. É grave que ele tenha assediado a jornalista em seu cotidiano familiar, criado um clima de humilhação e medo.
Um inquérito foi instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil para investigar a conduta de seu agente. É importante que o governo de São Paulo, o Ministério Públicos e as autoridades policiais tomem rápida providência para que tal conduta seja dura e expressamente punida. A pronta resposta do poder público ajuda a coibir esse tipo de comportamento, desencorajando que outras pessoas se sintam confortáveis para praticar atos semelhantes.