Basília Rodrigues
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Basília Rodrigues

Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

“Caiado destoou completamente”, diz líder do governo sobre reunião de Lula com governadores

Governador de Goiás fez críticas à PEC da Segurança Pública; postura de Tarcísio de Freitas foi elogiada

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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou à CNN, nesta quinta-feira (31), que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), destoou dos demais governadores na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a PEC da Segurança Pública.

De acordo com o deputado petista, nem mesmo outros governadores alinhados com a oposição reagiram como Caiado.

O líder governista citou nominalmente Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo, como exemplo.

"Vários governadores elogiaram e sugeriram que nós apresentássemos, como o Tarcísio (Freitas), um conjunto de ideais para debater no Congresso, e a reunião não teve nenhum discurso (contrário), a não ser o do Caiado, que destoou completamente".

Caiado é um dos principais críticos da proposta. Guimarães é um dos principais articuladores para a aprovação do texto.

"Ele (Caiado) insinuou que essa PEC iria usurpar os poderes dos estados, e que, em Goiás, ele já resolveu praticamente tudo na área da segurança. Ou seja, não quer enfrentar o problema, quer ficar cuidando de Goiás do jeito dele, sabe-se lá com que política, com que polícia. Mas isso, para mim, é uma atitude reprovável, se negar a fazer um pacto pela segurança. Essa é a ideia do Lula: um pacto nacional envolvendo os três poderes, e, evidentemente, todos os governadores. Considero a reunião muito boa, só quem destoou foi o Caiado", disse à CNN.

Por se tratar de emenda à Constituição, para valer, a proposta precisa ser aprovada em dois turnos, por quórum qualificado, tanto na Câmara quanto no Senado. Se aprovado, o texto não retorna para o Poder Executivo validar. Caberá ao Congresso Nacional promulgar, ou seja, formalizar o ingresso da nova emenda na legislação brasileira.