General preso avalia delação que pode atingir Bolsonaro, dizem investigadores
Mario Fernandes teria demonstrado incômodo e irritação com o fato de estar sendo apontado por outros indiciados como um “lobo solitário”
Investigadores relataram à CNN que o general Mario Fernandes, um dos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe, avalia fazer uma colaboração premiada que traria fatos novos sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro Braga Neto na trama golpista.
Em conversas reservadas, ele já teria demonstrado incômodo e irritação com o fato de estar sendo apontado por outros indiciados como um “lobo solitário” que agia sem comando superior e planejou e liderou antigos subordinados à revelia de ordens superiores, querendo impor suas vontades e percepções para forçar a adoção de “soluções poucos ortodoxas, extremadas e ilegais”, segundo uma fonte relatou à CNN.
Os primeiros relatos são de que, ao contrário dessa linha, Fernandes teria sido instrumentalizado para cuidar de questões relacionadas a tentativa de golpe atendendo sim a pedidos e cobranças superiores que seriam de Bolsonaro e Braga Neto.
Na sexta-feira pela manhã, a CNN revelou que a estratégia de defesa que Bolsonaro vinha apresentando até então estava gerando incômodo dentre os indiciados, que apontavam ingratidão e traição de sua parte.
A CNN questionou a defesa de Mario Fernandes sobre o assunto, que respondeu que não iria se manifestar.
Também foram procuradas as defesas de Bolsonaro e Braga Netto, ainda sem resposta.