Débora Bergamasco
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Débora Bergamasco

Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, IstoÉ e SBT

Venezuela: Brasil só reconhecerá resultado se dados desagregados forem divulgados, dizem fontes

Diplomacia brasileira afirma que apenas anúncio da Suprema Corte do país comandado por Maduro não será suficiente; assunto será debatido por Lula em nova reunião com presidentes da Colômbia e do México

Uma pessoa vota durante as eleições presidenciais na Escola Ecológica Bolivariana Simon Rodriguez em 28 de julho de 2024 em Fort Tiuna, Caracas, Venezuela. Os venezuelanos vão às urnas para a eleição presidencial entre Nicolás Maduro, o atual presidente, e o candidato da oposição Edmundo Gonzalez  • Jesus Vargas/Getty Images
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O Brasil só vai reconhecer o resultado das eleições na Venezuela se a Suprema Corte do país divulgar dados desagregados das urnas.

Essa será a posição defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ligação com os presidentes Gustavo Petro (Colômbia) e López Obrador (México), segundo fontes diplomáticas ouvidas pela CNN.

A expectativa é que os três conversem ainda nesta segunda-feira (12).

A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Caryslia Rodríguez disse no sábado (10) ter recebido todas as informações e que seguirá com o processo de auditoria sobre o resultado da eleição ocorrida no dia 28 de julho.

De acordo com a presidente do tribunal, a sentença será ”definitiva”, ou seja, não caberá recursos e será de “cumprimento obrigatório”.

O Supremo da Venezuela assumiu o controle do processo eleitoral a pedido do presidente Nicolás Maduro. Ele teve a reeleição contestada pelo opositor Edmundo González, que alega ter sido o vencedor da disputa.

Fontes do governo brasileiro, no entanto, dizem que Lula só vai admitir a decisão da Justiça para fins de reconhecimento político caso venham a público todos os dados referentes às atas de votação.