Fernando Nakagawa
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Fernando Nakagawa

Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

BC de Bolsonaro diminui ritmo do corte da Selic; BC de Lula queria redução maior

De um lado, cinco votos indicados pelo governo Jair Bolsonaro; do outro, quatro indicados por Luiz Inácio Lula da Silva

Rodrigo Teixeira, Roberto Campos Neto, Carolina de Assis Barros, Gabriel Galípolo, Otavio Damaso, Ailton de Aquino, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito e Diogo Guillen  • Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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O Comitê de Política Monetária (Copom) nunca esteve tão político – e dividido. A redução do ritmo do corte de juros anunciada na noite desta quarta-feira (8) aconteceu com placar rachado.

De um lado, cinco votos indicados pelo governo Jair Bolsonaro. Do outro, quatro indicados por Luiz Inácio Lula da Silva. Venceu a tese de que é preciso ter cautela com redução menos intensa dos juros.

Os que votaram pelo corte menos intenso, de 0,25 ponto, estão mais preocupados com o cenário internacional e a mudança da meta fiscal no Brasil. Por isso, defendem uma ação mais cautelosa, e que talvez seja preciso mais juros para ancorar as expectativas de inflação.

Nesse grupo, estão o presidente do BC, Roberto Campos Neto, além dos diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Guillen, Otávio Damaso e Renato de Brito Gomes. Os cinco nomes foram indicados pelo governo anterior.

Os que votaram por um corte mais forte, de 0,50 ponto, reconhecem a mudança do cenário fiscal e o ambiente externo mais adverso. Mesmo assim, acreditam que é possível incentivar a economia brasileira com menos juros sem prejuízo à evolução da inflação.

Nesse grupo, estão Ailton de Aquino, Gabriel Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Todos esses nomes foram indicados pelo atual governo – e Galípolo, inclusive, é citado como possível substituto de Campos Neto.

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