Análise: segundo debate também é marcado por confrontos entre adversários e poucas propostas
Candidatos participaram de mais um enfrentamento caloroso na disputa pela capital paulista
Em meio a provocações e troca de farpas, candidatos à prefeitura de São Paulo pouco avançaram – de novo – na apresentação de propostas em mais um debate na capital paulista.
Com Marina Helena (Novo) estreante, as três horas de enfrentamento terminaram marcadas por uma única cena: Guilherme Boulos e Pablo Marçal quase indo às vias de fato após trocarem xingamentos aos microfones.
A situação foi acompanhada com surpresa pela plateia e pelos participantes do evento.
Antes dos ânimos se acirrarem, foram muitas as tentativas de extrair dos concorrentes detalhes dos planos de governo. Nesse aspecto, Tabata Amaral e Ricardo Nunes aproveitaram mais a oportunidade.
O prefeito usou quase todo o tempo para lembrar feitos da atual gestão. A estratégia, desenhada por aliados do MDB, tem como objetivo evitar embates diretos com os concorrentes e driblar, com o eleitorado, a imagem de um político pouco conhecido pela população.
Já a deputada federal escolheu adotar a mesma estratégia do debate de estreia. Levantou bandeiras defendidas em seu mandato na Câmara dos Deputados, como ampliação da alfabetização de crianças e da educação em tempo integral.
José Luiz Datena foi o que mais chamou atenção pelo esforço de se mostrar mais preparado para a campanha. A tentativa é de melhorar a imagem não somente com eleitor, mas com a ala tucana que ainda desacredita a candidatura do recém filiado ao partido.
O apresentador chegou municiado por dados, números e algumas alternativas para problemas da cidade. Mas acabou tropeçando nas regras do debate e nos momentos certos para fazer e rebater questionamentos. Ao se perder até mesmo com a contagem do cronômetro, Datena perdeu a chance de surfar em seu tema preferido – e temido por adversários: segurança pública.
Para Marina Helena, a chance foi de apresentar estratégias para a corrida municipal. E a escolha foi pelo aceno ao eleitorado bolsonarista. No confronto com Nunes, a candidata citou temas polêmicos, como existência de “ideologia de gênero” em políticas da prefeitura.
Acusada por disseminar fake news, a representante do Novo não recuou e saiu do debate provando que trabalha para conquistar o eleitor do ex-presidente que não se sente representado pelos favoritos na disputa.
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