Aliados de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que o ex-presidente avalia se engajar na campanha da jornalista Cristina Graeml, candidata do PMN, neste segundo turno das eleições municipais em Curitiba (PR).

Apesar do PL, partido de Bolsonaro, ter Paulo Martins na chapa de Eduardo Pimentel (PSD), o ex-presidente não nega a preferência pela jornalista paranaense.

A chegada de Graeml ao segundo turno contra Pimentel, candidato do governador Ratinho Junior (PSD), é atribuída justamente à sinalização de Bolsonaro a ela.

Na última semana de campanha, Bolsonaro autorizou Graeml usar imagem dele na disputa. Depois, chegou a gravar um vídeo dizendo que tem uma “tremenda consideração” pela candidata.

“Eu não abro voto por você, você sabe o porquê. Você sabe que tenho uma tremenda consideração. Torço por você e ponto final”, disse o ex-presidente em chamada de vídeo.

No final de agosto, a pesquisa Quaest apontava Graeml em quinto lugar com apenas 5% da intenção de votos, enquanto Pimentel liderava com 19%. No levantamento do mesmo instituto dois dias antes da eleição, o candidato do PSD registrou 30%, enquanto a jornalista somou 26%.

Graeml acabou indo ao segundo turno com 31,17% dos votos válidos, pouco atrás de Pimentel obteve 33,51% dos votos válidos.

O movimento pró-Graeml, porém, vai além de uma afinidade pessoal de Bolsonaro e faz parte da ofensiva de lideranças de direita contra o PSD, do governador Ratinho Junior, do atual prefeito Rafael Greca e de Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla.

O motivo é a resistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também do PSD, em acolher os pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Senadores do partido de Kassab também não endossam a ofensiva contra o magistrado.

40% dos eleitores não se identificam nem com direita nem com esquerda