Mari Palma
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Mari Palma

Sou jornalista, com pós em moda, neurociência e comportamento. Também sou embaixadora da Marvel, fã de Friends e Beatles, 4 vezes tia e mãe de cachorro

Eu te entendo, Selena Gomez…

Não dá mais pra aguentar piada machista em nenhum lugar, principalmente num palco de um dos maiores eventos do mundo

Selena Gomez e Taylor Swift
Selena Gomez e Taylor Swift se encontram no Globo de Ouro 2024  • Reprodução/Globo de Ouro/X
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“Barbie foi baseada em uma boneca de plástico com seios grandes que se torna uma humana com pele flácida e celulite.”

“Não quero que vocês pensem que sou um canalha, mas é meio estranho sentir atração por uma boneca de plástico".

Essas são palavras do comediante Jo Koy, que foi mestre de cerimônias do Globo de Ouro de 2024. Sim, gente, o ano é 2024 e ainda tem homem que acha graça em fazer piada machista. E pior: diz que não quer ser visto como um “canalha”.

Bom, se existe mesmo essa preocupação, minha dica é: que tal começar por NÃO fazer piadas assim no palco de um dos maiores eventos do cinema e da TV, com o mundo inteiro assistindo? Ou quem sabe pensar, mesmo que só um pouquinho, no que você pode provocar em outras pessoas?

Eu até imagino que ele tenha pensado nisso. Acho que a ideia inicial era, como todo comediante, provocar alegria e fazer a plateia dar risada. Mas o que ele recebeu foi um baita de um silêncio constrangedor. Não teve graça. Ninguém tem que rir de misoginia disfarçada de piada.

Tudo isso só reforça a importância de um filme como Barbie. Um filme que se propôs, de um jeito muito corajoso, a combater justamente atitudes como essa. Um filme que incomodou quem por muito tempo não precisou se incomodar com nada.

Diminuir um trabalho importante como esse é diminuir a luta de todas nós, mulheres. Uma luta que está longe de acabar. E se você não quer ser visto como um canalha, é melhor entender de uma vez por todas que você também faz parte disso.

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