Pablo Marçal faz Tabata mudar estratégia e buscar rivalidade; entenda
Campanha da candidata do PSB mirava inicialmente Ricardo Nunes, mas descobriu uma nova oportunidade
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Veja quem são os candidatos a prefeito de São Paulo • Arte CNN
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Altino Prazeres é o candidato do PSTU para a Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Bebeto Haddad é o candidato da DC à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Guilherme Boulos é candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo • 06/04/2024 - Leandro Paiva/Imprensa Guilherme Boulos
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João Pimenta (PCO) é candidato à Prefeitura de São Paulo • Divulgação/PCO
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José Luiz Datena (PSDB) é candidato à Prefeitura de São Paulo • Reprodução
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Marina Helena é candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo • Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
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Pablo Marçal é o candidato pelo PRTB à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Ricardo Nunes é candidato do MDB para concorrer à reeleição • Divulgação
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Ricardo Senese é o candidato do UP à Prefeitura de São Paulo • Divulgação
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Tabata Amaral é candidata pelo PSB à Prefeitura de São Paulo • Billy Boss/Câmara dos Deputados
Nos últimos 15 dias, a candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, recalculou sua rota na eleição. O plano inicial traçado desde 2023 era mirar os problemas de gestão de Ricardo Nunes (MDB) e buscar contestar o que era considerado ruim.
Interlocutores da campanha, no entanto, revelaram à CNN uma mudança de rota depois do fortalecimento do candidato do PRTB, o empresário Pablo Marçal.
A visão da campanha de Tabata é de que Marçal é o “fato novo” desta eleição e deve crescer nas pesquisas, tirando votos de Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB). Mas, ao mesmo tempo, deve também ter impulsionada sua rejeição, a partir do momento que se torna conhecido com interações polêmicas, provocações e enfrentamentos nos debates.
Com isso, os estrategistas de Tabata concluíram que faz muito mais sentido antagonizar com o candidato do PRTB do que com o prefeito, tentando pegar carona no crescimento dele e capitaneando um voto anti-Pablo.
A mudança de leitura do cenário político tem um efeito prático. Em vez de treinar respostas aos debates, Tabata passou a treinar exaustivamente as perguntas. O objetivo era se preparar para tentar desestabilizar o candidato do PRTB e revelar as fraquezas dele e o desconhecimento sobre a cidade.
Manter o foco em propostas para a cidade, sem deixar de jogar cascas de banana para o adversário tropeçar, foi a toada vista pelos estrategistas como mais relevante para angariar o apoio de formadores de opinião e boas críticas na imprensa.
Foi justamente por isso que Tabata não seguiu Nunes, Boulos e Datena e decidiu estar, sim, presente no debate da Veja nesta segunda-feira (19). Para eles, qualquer oportunidade de rivalizar com Marçal pode render mais um passo para uma meta pessoal de Tabata: se tornar conhecida pelos eleitores da capital paulista.
A estratégia leva em consideração, inclusive, a atuação jurídica. Tabata entrou com dois pedidos contra Marçal, uma representação no Ministério Público alegando abuso de poder econômico — motivo pelo qual posteriormente o MP Eleitoral pediria o indeferimento do registro de candidatura do empresário — e uma ação direta para que o registro não fosse aceito pela Justiça por problemas na filiação ao PRTB sob a ótica do estatuto do partido.
Pesquisas internas tem embasado a nova estratégia da candidata do PSB. Uma delas mostra que o ex-prefeito e ex-governador João Doria segue sendo a figura política mais rejeitada pela população de São Paulo.
Foi justamente por isso que Tabata mencionou Wilson Pedroso e Felipe Sabará, que coordenam respectivamente a campanha e o plano de governo de Marçal, e eram do primeiro escalão de Doria.
Se no primeiro debate, da TV Bandeirantes, o tom foi de mais cautela, para entender qual seria o posicionamento de Pablo Marçal e as reações dele, no terceiro, na Veja, a estratégia já se tornou evidente.
Ao longo dos últimos dias, a sede da produtora contratada pelo PSB, na zona Oeste de São Paulo, virou a arena de ensaios, para que, com cronômetro na mão, Tabata pudesse treinar golpes duros e diretos em menos de um minuto, além de converter o tom “professoral” que vinha mostrando em uma postura mais clara e de fácil compreensão, segundo o entorno de sua campanha.
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