Pedro Duran
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Pedro Duran

O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

Em dia de conflito, Favela do Moinho tem mais 50 casas demolidas

Polícia Militar escoltou técnicos da CDHU para derrubar imóveis

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Em quarta-feira marcada por tensão e novo protesto de moradores, a favela do Moinho teve o maior número de demolições registradas até agora: 50. Com essas, o total chega a 57, considerando seis da última segunda (12) e mais uma desta terça (13).

Desta vez, como adiantado pela CNN, os funcionários do governo do estado foram até o local, no centro de São Paulo, acompanhados de uma tropa da Polícia Militar.

A medida foi tomada depois de ameaças feitas na última segunda. Fontes que participam da força-tarefa para derrubar as paredes da favela disseram ainda que um funcionário terceirizado foi atingido por uma pedra na segunda-feira, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência por medo de retaliação.

A ideia da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), é construir no local um parque integrado a uma estação de trem da CPTM. Os projetos, no entanto, só vão ser feitos de fato quando a área estiver esvaziada.

Nesta quarta (14), mais cinco famílias deixaram a comunidade. No total, já são 186 realocadas. O dia foi marcado por um protesto reprimido pela Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes.

"O trabalho segue normalmente, em conjunto com o município, para prover moradia digna para as famílias que hoje vivem em situação e de risco e insalubridade devido às condições da favela - situada entre linhas de trem, com fiação elétrica exposta, com muitas casas em condições precárias, sem rota de fuga em caso de incêndios e sem saneamento adequado", disse em nota a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.