O que as campanhas dizem sobre a força da TV após as pesquisas mais recentes em SP
Marqueteiros e integrantes das equipes analisaram o impacto do horário eleitoral na disputa na capital paulista
Após as mais recentes pesquisas do Datafolha e instituto Paraná mostrarem uma contenção no crescimento de Pablo Marçal (PRTB), marqueteiros e integrantes das campanhas analisaram o impacto do tempo de TV nas campanhas.
“Pablo Marçal não tem acesso à São Paulo analógica. A TV é muito importante”, disse à CNN o marqueteiro de José Luiz Datena, Felipe Soutello, o mesmo que em 2020 fez a campanha de Bruno Covas (PSDB) e em 2022, a de Simone Tebet (MDB).
A avaliação da campanha de Nunes é a mesma: as pesquisas foram a campo no começo do horário eleitoral e identificaram apenas o início da repercussão da TV e do rádio.
Na campanha do MDB, o trekkings — pesquisas internas dos candidatos para captar tendências — identificaram a consolidação dos votos de Nunes e uma desidratação de Marçal, dizem fontes.
Os números que circulam no entorno do prefeito apontam que entre os eleitores que hoje dizem votar em Marçal, entre 12% e 15% formam uma bolha radicalizada antissistema.
Os demais estariam flutuando no campo da direita e abertos as mensagens que a TV ajuda a cristalizar.
Na campanha de Boulos, a expectativa é de que após duas semanas de horário eleitoral o cenário deve se consolidar. Até lá, dizem petistas, Nunes deve recuperar parte dos votos “voláteis” que perdeu para Marçal.
“A TV tem impacto como toda comunicação, mas não é mais central. Ela funciona para temas abrangentes e para marcar rosto e número da candidata. Mas eu diria que não decide a eleição sozinha há uns dez anos”, ponderou o marqueteiro de Tabata Amaral, Pedro Simões.
A campanha de Pablo Marçal, que não tem marqueteiro nem tempo de TV, foi procurada pela CNN para avaliar a ausência no palanque eletrônico, bem como Marina Helena (Novo).
Até agora não comentaram.
Reservadamente, um integrante da campanha de Marçal aponta que em 2022 o governador Rodrigo Garcia tinha o maior tempo de TV e não foi para o segundo turno.
Essa mesma fonte disse, ainda, que o programa eleitoral é muito assistido nos primeiros 3 ou 4 dias, e depois na última semana.