Tainá Falcão
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Tainá Falcão

Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

Emendas: Congresso fala em "pacote de maldades" como retaliação

Ampliação do STF para 15 ministros, limite de decisões monocráticas e obrigatoriedade de pagamento de emendas aparecem na lista de possíveis represálias

Vista do edifício do Congresso Nacional, projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, em Brasília
Vista do edifício do Congresso Nacional  • Jorge Silva/Reuters
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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, de manter o bloqueio das emendas de Comissão deixou o Congresso ainda mais agitado neste fim de ano.

Sob reserva, parlamentares admitem que estudam possibilidades de retaliação não apenas contra o Supremo, mas ainda em desfavor do governo, que precisará lidar com o mau humor do Parlamento para negociar a agenda de 2025. A prioridade seria o projeto de reforma da renda, com isenção para contribuintes que ganham até R$ 5 mil.

A possibilidade de alteração da proposta orçamentária de 2025 com mecanismos para engessar o uso de verbas pelo governo também tem sido conversada entre parlamentares e técnicos. O orçamento de 2025 ainda não foi aprovado.

A oposição, em especial, busca apoio para uma PEC de autoria do líder do PL, o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), futuro vice-presidente da Casa, que prevê a obrigatoriedade de todas as modalidades emendas.

No pacote anti-STF, uma das medidas permite o aumento do número de ministros de 11 para 15, desde que haja indicações da Câmara e do Senado. A CCJ aprovou a matéria que está pronta para ir a plenário.

Outra PEC limita decisões monocráticas de ministros do Supremo. A proposta foi aprovada no Senado e aguarda votação no plenário da Câmara, onde já recebeu aval do futuro presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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