Bitcoin despenca mais de 20% na maior queda em um único dia desde março de 2020

Queda indica uma mudança de posição dos investidores frente ao dólar, já que cresce a perspectiva de juros mais altos nos EUA

Manuela Tecchio, do CNN Brasil Business, em São Paulo
Bitcoin
Moedas com símbolo do bitcoin, um dos criptoativos mais conhecidos  • Foto: Dmitry Demidko/Unsplash
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O bitcoin despencou mais de 20% até agora, no pregão desta segunda-feira (11). Se sustentada até o fim das negociações, a queda será a maior para um único dia desde que a pandemia de Covid-19 derreteu os mercados financeiros pela primeira vez, em março.

Por volta das 16h do horário de Brasília, a moeda operava no patamar dos US$ 30.500 (cerca de R$ 167.050, na cotação de hoje).

As quedas refletem uma mudança de posição dos investidores em relação ao dólar, à medida em que aumenta a perspectiva de taxas de juros mais altas nos EUA e cresce o sentimento de risco.

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O interesse pelo bitcoin passou a aumentar depois que os investidores institucionais começaram a comprar em larga escala, apontando a criptomoeda como uma proteção contra a inflação.

A moeda digital mais que dobrou de preço desde o início de dezembro e bateu um recorde de US$ 42.000 na última sexta-feira (8) — o que levou alguns bancos de investimento a alertarem sobre o risco de formação de uma bolha.

O Bank of America disse que a alta desenfreada da criptomoeda mais popular do mundo pode ser "a mãe de todas as bolhas" e comparou o movimento como o estouro das bigtechs chinesas nos anos 2000 e a compra de ouro nos anos 1970.

Estrategistas da J.P.Morgan, no entanto, disseram que o bitcoin "emergiu como um rival do ouro" e pode ser negociado por até US$ 146.000, se for estabelecido como um ativo porto-seguro.

(Com Reuters)

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