Indústria pressiona Guedes por proteção contra a China após a pandemia
Representantes de setores como siderurgia, calçados, plástico, cimento e outros setores relatam preocupação com a volta da produção na China

Em reunião virtual nesta quinta-feira (23) com representantes de setores industriais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sofreu mais uma pressão: os empresários querem proteção contra uma enxurrara de produtos chineses no pós-pandemia.
Os representantes de setores como siderurgia, calçados, plástico, cimento e outros setores relatam preocupação com a volta da produção na China --o primeiro país a sofrer com a pandemia.
Eles ressaltaram que as fábricas chinesas terão um importante excedente de produção em breve e que a indústria local vai sair da crise muito debilitada para enfrentar essa concorrência.
Guedes ouviu as reclamações, ressaltou que a receita do liberalismo não é o fechamento dos mercados, mas que a complexidade da situação exigia análise sobre o assunto.
Durante a conversa, não foi mencionada nenhuma vez o Plano Pró-Brasil, anunciado ontem pelo general Walter Braga Netto, chefe da Casa Civil. Os empresários não fizeram perguntas sobre o assunto, porque avaliaram que poderia azedar a conversa.
O Plano Pró-Brasil é um projeto ainda em formulação para estimular a retomada da economia brasileira depois da pandemia e foi lançado no Palácio do Planalto sem a presença do titular da economia. O governo diz que Guedes participa da iniciativa e que não há conflito, mas sua equipe técnica defende que a União não tem condições de capitanear os investimentos.