Medida dos EUA pode reduzir preço do combustível no Brasil, diz especialista

À CNN Rádio, Adriano Pires explicou decisão norte-americana de liberar 50 milhões de barris da reserva estratégica de petróleo

Amanda Garcia com produção da Bel Campos., da CNN
Posto de combustível
Ao longo de 2020, os preços do gás natural da Petrobras chegaram a cair 35%, mas voltaram a subir no fim do ano passado  • Marcello Casal jr/Agência Brasil
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O anúncio dos Estados Unidos para liberar 50 milhões de barris da reserva estratégica de petróleo do país pode impactar diretamente o preço do combustível no Brasil, de acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

Em entrevista à CNN Rádio nesta quarta-feira (24), ele explicou que os EUA buscam controlar o preço do barril do petróleo. O mundo inteiro sofre com crise de oferta do petróleo causada pela pandemia.“

Essa medida americana vai tentar parar a escalada de preços no mercado internacional, que também teve a subida do gás natural, vamos torcer que freie o aumento, que poderia levar o barril a chegar, no inverno do hemisfério norte, a US$ 100”, disse.

Segundo Adriano Pires, uma vez que o aumento da oferta estanque os preços, a queda nos valores aqui no Brasil “pode ocorrer de imediato”: “A política da Petrobras acompanha o mercado internacional, se cair o preço do barril, pode ter redução da gasolina, diesel e botijão de gás.”

O especialista, no entanto, fez uma ressalva: “Mesmo assim, o real não pode continuar depreciando em relação ao dólar, se continuar, mesmo o barril caindo, no mercado interno, o impacto não vai ser tão grande.” Pires ainda reforçou que a medida dos Estados Unidos – que são os maiores produtores e consumidores de petróleo do mundo – “contraria os exportadores de óleo.”

“A OPEP vem controlando a oferta, tem reuniões frequentes, o mercado espera a cota, se vão colocar pouco petróleo. A atitude dos EUA contraria a OPEP”, completou.

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