Senado aprova projeto que limita juros do crédito rotativo; Câmara pode barrar

Para os bancos, o tabelamento dos juros pode gerar problemas, como distorções de preços, gargalos nos empréstimos e insegurança jurídica

Fernando Nakagawa, da CNN
Abertura de Mercado
Capa do podcast Abertura de Mercado  • Foto: CNN Brasil
Compartilhar matéria

O limite de 30% ao ano representa um patamar muito inferior à média de 110% cobrada atualmente no limite negativo da conta corrente ou os até 300% do cartão de crédito. Rodrigo Maia já indicou que é contra a medida. A Federação Brasileira dos Bancos, a Febraban, concorda com a redução do custo do crédito, mas é contrária à iniciativa.

No episódio de hoje:

- O ministro da Economia, Paulo Guedes, entrou na discussão sobre as políticas ambientais do governo brasileiro;
- Em teleconferência, ele disse que a Amazônia é um assunto nacional, o Brasil é soberano e lembrou que os Estados Unidos destruíram florestas no passado;
- As afirmações foram feitas em um debate promovido pelo centro de estudos norte-americano Aspen Institute;
- A fala do ministro da economia ocorreu um dia após o maior supermercado britânico, o Tesco, anunciar o boicote à carne brasileira em resposta às políticas ambientais do governo Jair Bolsonaro
- O Senado aprovou na noite de ontem o projeto que limita em 30% o juro máximo que pode ser cobrado no cheque especial e cartão de crédito durante a pandemia;
- Isso representa um patamar muito inferior à média de 110% cobrada atualmente no limite negativo da conta corrente ou os até 300% do cartão de crédito; 
- Agora, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados. Rodrigo Maia já indicou que é contra a medida; 
- A Federação Brasileira dos Bancos, a Febraban, concorda com a redução do custo do crédito, mas é contrária à iniciativa;
- Para os bancos, o tabelamento dos juros pode gerar problemas, como distorções de preços, gargalos nos empréstimos e insegurança jurídica;
- Ainda presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes disse que avalia separar alguns negócios da instituição financeira;
- O executivo que já pediu demissão do cargo deu entrevista ontem para comentar os resultados BB no segundo trimestre;
- A jornalistas, disse que “há muita coisa, muitos negócios” a avaliar no universo da Elopar, que é dona da bandeira de cartões Elo, e também na Cielo, que é líder do mercado brasileiro de maquininhas de leitura de cartões de crédito e débito;
- O Banco do Brasil é sócio dessas duas empresas;
- Juro baixo somado à entrada de pessoas físicas na bolsa podem levar à formação de uma bolha no preço dos ativos do mercado brasileiro;
- A avaliação é de Guilherme Aché, sócio da gestora carioca Squadra, em entrevista ao jornal Valor Econômico;
- Ele avalia que o mercado brasileiro pode, inclusive, estar sendo inflado por movimentos incitados pelas redes sociais, como as empresas que estão na moda no Twitter;
- Na reportagem, Achê diz que tem visto na internet várias análises nas redes que “estão grosseiramente erradas”;
- Ele explica: “um detalhe importante para o ciclo da bolha é que um dos motivos que fazem as pessoas investirem na bolsa é ver amigos, o vizinho, ganhando dinheiro com ações”;
- O sócio da Squadra diz, inclusive, que a gestora está acompanhando ações supervalorizadas por esses fenômenos para montar posições “short” – ou seja, apostar e lucrar com a eventual queda dessas ações;
- A Uber sofreu duramente com a pandemia. No segundo trimestre, as receitas da empresa com corridas com passageiros caíram 67%;
- Isso quer dizer que, grosso modo, o aplicativo perdeu duas a cada três corridas realizadas em igual período de 2019;
- Com cidades fechadas e sem corridas, a Uber amargou prejuízo de US$ 1,8 bi de abril a junho;
- O resultado poderia ter sido ainda pior não fossem as entregas, principalmente de comida. A receita com os serviços como Uber Eats disparou 103%; 
- Usuários podem estar preocupados com as acusações de Donald Trump de que o TikTok roubaria dados dos norte-americanos e entregaria ao governo chinês;
- Uma reportagem do jornal Financial Times com dados da consultoria Sensor Tower mostra que dois aplicativos semelhantes começam a ganhar usuários
- O primeiro é o Byte, que também segue a linha da rede social com vídeos curtos e já tem mais de dois milhões de downloads apenas nos estados unidos 
- Já o Triller, atraiu vários tiktokers norte-americanos e artistas como o rapper Snoop Dogg e tem mais um milhão de celulares com o aplicativo nos EUA;
- Em alguns dias de agosto, o Triller foi, inclusive, mais baixado até que o próprio TikTok na Apple Store local;
- Enquanto isso, interessados em comprar a operação norte-americana do TikTok seguem em conversas com a Bytedance, que é a empresa dona do aplicativo;
- Entre os interessados, está a gigante microsoft que é dona do Windows, do Xbox, Skype e Linkedin;
- AGENDA: O IBGE divulga às 9h da manhã no horário de Brasília a inflação do mês de julho.

Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook

 

Acompanhe Economia nas Redes Sociais