Buffett reduziu fatia na Activision antes de juíza dar aval à fusão da Microsoft, mostra documento

Berkshire Hathaway vendeu 70% de seu investimento, mas não informou se negociou papéis em julho

Jonathan Stempel, da Reuters
Warren Buffett, presidente-executivo da Berkshire Hathaway  • 6/5/2018 REUTERS/Rick Wilking/Arquivo
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A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, vendeu 70% de seu investimento na Activision Blizzard no segundo trimestre, aparentemente perdendo alguns ganhos após uma juíza dos Estados Unidos dar aval à Microsoft para concluir sua aquisição de US$ 68,7 bilhões da empresa de jogos.

A Berkshire disse em um documento regulatório nesta segunda-feira (17) que possuía cerca de 14,7 milhões de ações da Activision, ou 1,9%, no valor de US$ 1,24 bilhão em 30 de junho, em comparação com 49,4 milhões de papéis, ou 6,3%, em 31 de março.

O documento não discutiu os preços de vendas, nem se a Berkshire comprou ou vendeu papéis da Activision em julho.

A Berkshire não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O investimento na Activision foi uma forma de arbitragem, com Buffett considerando os investidores muito pessimistas em relação à aprovação dos reguladores para fusão da Microsoft com a dona das franquias "Call of Duty" e "Candy Crush".

Um dos gestores de portfólio da Berkshire investiu na Activision no final de 2021, e Buffett aumentou a participação para quase 10% em 2022.

O bilionário disse a acionistas na reunião anual da Berkshire em abril de 2022 que não sabia se os reguladores aprovariam a fusão, que avaliava a Activision em 95 dólares por ação, mas "uma coisa que sabemos é que a Microsoft tem o dinheiro".

A participação restante da Berkshire na Activision — 14.658.121 ações — é exatamente a mesma de antes de Buffett começar a comprar, sugerindo que ele saiu da aposta de arbitragem.

As ações da Activision subiram 10%, a 90,99 dólares, em 11 de julho, depois que a juíza distrital Jacqueline Scott Corley, em São Francisco, rejeitou os argumentos da Comissão Federal de Comércio dos EUA de que a fusão prejudicaria a concorrência nos jogos em nuvem, consoles e serviços de assinatura.

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