StoneCo tem lucro 13% menor no 1º trimestre, com impacto da Covid-19

Após o resultado, a companhia previu piora na margem de lucro no segundo trimestre, período que deve marcar o impacto mais forte dos efeitos da pandemia

Do CNN Brasil Business*, em São Paulo
Escritório da Stone
  • Foto: Divulgação/LinkedIn Stone
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A empresa de meios de pagamentos StoneCo reportou nesta terça-feira (26) um lucro ajustado de R$ 162,3 milhões no primeiro trimestre, queda de 12,9% ante mesma etapa do ano passado, refletindo os impactos econômicos da Covid-19.

Mas a empresa brasileira listada na Nasdaq afirmou que sua base de clientes ativos subiu 73,9% em 12 meses até março, e que a receita total avançou 33,8%, a R$  716,8 milhões.

Além disso, a StoneCo afirmou que após queda na segunda metade de março, os volumes de pagamentos subiram 9% em abril e 22,9% em maio até agora na comparação anual, segundo dados preliminares.

Segundo trimestre 

Após o resultado, a companhia previu piora na margem de lucro no segundo trimestre, período que deve marcar o impacto mais forte dos efeitos da pandemia.

A companhia encerrou os três primeiros meses do ano com margem ajustada antes de impostos de 32,6% e afirmou que espera que o número fique entre 20 e 24% no segundo trimestre, pressionada por impactos que incluem demissão de funcionários e incentivos que está tendo que oferecer a clientes por causa da epidemia.

Os números do balanço mostram como a pandemia atingiu diretamente o setor de pagamentos eletrônicos, que vinha de anos de efervescente crescimento no mercado brasileiro.

Com o fechamento de lojas físicas devido às medidas de isolamento social a partir da segunda metade de março, com forte impacto sobre negócios de pequeno e médio portes, nicho no qual a StoneCo é especializada, a empresa ofereceu incentivos a clientes e fez maiores provisões para perdas com calotes, com impacto de 61 milhões nos resultados do trimestre.

Além disso, a empresa adotou uma forte política de contenção de custos e despesas, incluindo o anúncio, quase duas semanas atrás, da demissão de 20% de sua força de trabalho, cerca de 1.300 trabalhadores.

A empresa disse que fechou março com caixa líquido ajustado de R$ 5,05 bilhões, ante R$ 4,984 bilhões no fim de 2019.

*Com informações da Reuters 

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