Ações japonesas atingem máxima em um ano após acordo tarifário com os EUA
Bolsas europeias também registraram alta, após três sessões consecutivas de queda

As ações japonesas atingiram a maior alta no período de um ano nesta quarta-feira (23), após o país fechar um acordo comercial com os Estados Unidos que reduz as tarifas sobre seus automóveis.
O presidente americano, Donald Trump, afirmou na terça-feira (22) que um acordo comercial com Tóquio incluirá o pagamento, pelo Japão, de uma tarifa de 15%, abaixo do previsto, sobre as remessas para os EUA.
Isso ocorreu após um acordo com as Filipinas, que prevê que os EUA cobrarão uma tarifa de 19% sobre as importações de lá.
O índice Nikkei japonês subiu 3,7%, com as ações das montadoras subindo após a notícia de que o acordo reduziria a tarifa sobre automóveis nos EUA para 15%, ante os 25% propostos. A Mazda Motor subiu 17%, enquanto a Toyota saltou 13,6%.
Analistas observaram que o acordo comercial reduziu um grande risco para a frágil economia japonesa, abrindo mais espaço para o Banco do Japão aumentar as taxas de juros para combater a inflação.
Bolsas europeias
Na Europa, as ações também registraram alta, subindo mais de 1% nesta quarta-feira, lideradas pelas ações do setor automobilístico, depois que Trump reacendeu as esperanças de um acordo comercial com a União Europeia após o acordo com o Japão.
O índice pan-europeu subiu 1,1%, para 550,14, às 05h09 (horário de Brasília), após três sessões consecutivas de queda. Outros índices regionais também operaram em alta, com o CAC 40 da França liderando o grupo, com alta de 1,3%.
As ações europeias do setor automobilístico lideraram a ampla recuperação, subindo 3,6%, acompanhando a força das rivais asiáticas.