Alta temporada de turismo deve movimentar R$ 157 bilhões, diz CNC

Aumento da receita deve proporcionar maior número de contratações desde 2015, segundo entidade

João Nakamura, da CNN, em São Paulo
Praia do Rio de Janeiro
Dados do Ministério do Turismo e da Embratur indicam que 5,9 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil entre janeiro e setembro, gastando cerca de US$ 3,7 bilhões no país, um aumento de 14,8% em relação ao mesmo período de 2023  • Agência Brasil
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O turismo brasileiro deve faturar R$ 157,74 bilhões na próxima temporada de alta, entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada a previsão, o saldo representa um crescimento de 1,7% em relação à última temporada.

A entidade conta com o aumento da procura por viagens pelo país, com destaque para o movimento de turistas estrangeiros.

Dados do Ministério do Turismo e da Embratur indicam que 5,9 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil entre janeiro e setembro, gastando cerca de US$ 3,7 bilhões no país, um aumento de 14,8% em relação ao mesmo período de 2023.

“O crescimento projetado para o turismo reflete a resposta positiva do mercado aos avanços econômicos recentes. A alta temporada beneficia múltiplos setores, gera empregos e impulsiona o consumo, elementos essenciais para o equilíbrio macroeconômico do país”, avalia José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

E com a alta de receita, a CNC aponta que o setor turístico vai ter mais espaço para contratações. A expectativa é de que sejam criadas 76,5 mil vagas temporárias, o maior número desde 2015, quando foram registrados 85,2 mil postos.

Atualmente, o setor emprega 3,51 milhões de trabalhadores formais, crescimento de 7,9% em comparação ao período pré-pandemia.

“As projeções indicam um impacto positivo contínuo do turismo na economia. As contratações nos setores de alimentação, transportes e hospedagem refletem essa recuperação e o crescimento sólido que vem se consolidando, além de melhorias salariais que elevam as condições de trabalho”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo.

A avaliação da entidade é de que há sinais claros de recuperação do setor após os impactos da pandemia. Segundo dados do IBGE, o faturamento real do turismo supera em 6,9% os níveis pré-pandemia.

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