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BC do Japão mantém taxa de juros e mostra menos pessimismo sobre economia

Banco central do país manteve viva a possibilidade de uma retomada dos aumentos da taxa de juros este ano

Reuters
Bandeira do Japão no prédio do Banco do Japão em Tóquio
Bandeira do Japão no prédio do Banco do Japão em Tóquio  • 18/03/2024 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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O Banco do Japão revisou para cima suas previsões de inflação nesta quinta-feira (31) e ofereceu uma perspectiva menos pessimista sobre a economia do que há três meses, mantendo viva a possibilidade de uma retomada dos aumentos da taxa de juros este ano.

Em uma decisão amplamente esperada, o Banco do Japão manteve a taxa de juros de curto prazo em 0,5% por meio de uma votação unânime nesta quinta.

O banco central também citou os aumentos persistentes nos custos dos alimentos como um possível motor das percepções do público sobre a inflação e as pressões dos preços.

"A inflação subjacente ainda permanece abaixo da nossa meta de 2%, mas a expectativa é de que aumente moderadamente", disse o presidente do banco central, Kazuo Ueda, em uma coletiva de imprensa.

"Se a inflação geral permanecer alta por muito tempo, devemos estar atentos ao risco de que isso possa afetar a inflação subjacente", disse ele, enfatizando que o Banco do Japão avaliará até que ponto as empresas continuarão aumentando os preços dos alimentos.

O banco central manteve a promessa de continuar aumentando os custos dos empréstimos se a evolução econômica e dos preços estiver de acordo com as previsões, acrescentando que o Japão verá o aumento dos salários e dos preços empurrar a inflação subjacente para a meta de 2% do banco.

O acordo comercial do Japão firmado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste mês reduz as tarifas norte-americanas para a importação de mercadorias, incluindo seus automóveis, aliviando o sofrimento da economia dependente de exportações e eliminando um obstáculo importante para novos aumentos de juros.

Ueda disse que o acordo comercial reduziu a incerteza sobre as perspectivas e aumentou a probabilidade de o Japão atingir de forma duradoura a meta de inflação de 2%, necessário para novos aumentos dos juros.

Entretanto, ele advertiu que o impacto dos impostos mais altos dos EUA sobre a economia japonesa continua incerto.

"Não acho que a névoa se dissipará imediatamente", disse Ueda.

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