Black Friday: conheça os golpes mais comuns aplicados na data
Evento neste ano será no dia 24 de novembro
A menos de 10 dias para a Black Friday, que neste ano ocorre no dia 24 de novembro, consumidores devem estar atentos para não cair em golpes e transformar a expectativa de bons negócios em frustração.
Diogo Sersante, especialista em prevenção a fraudes da Incognia, fez um levantamento dos principais golpes dados nesse dia.
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1 - Links falsos
Criminosos imitam links de lojas oficiais e usam técnicas para acessar informações sensíveis. Depois, os fraudadores se passam pelo usuário para realizar compras. Faça uma pesquisa para saber se o estabelecimento é confiável e veja se o link é o da loja oficial • FG Trade via Getty Images
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2 - Dados para pagamentos com Pix
Quando o consumidor optar por utilizar o Pix como forma de pagamento, é preciso seguir os mesmos cuidados indicados para qualquer outro tipo de transferência, como checar os dados do recebedor e confirmar se o destinatário coincide com a loja na qual a compra está sendo realizada. Se nomes estranhos aparecerem na hora do pagamento, desconfie • wayhomestudio/Freepik
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3 - Invasão de contas
A fraude, também conhecida como account takeover, é crescente no comércio eletrônico, especialmente durante períodos de alto tráfego, como a Black Friday • Foto: LinkedIn Sales Navigator
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4 - Fraude de pagamento
A fraude de pagamento ocorre quando informações roubadas do cartão de crédito são usadas para realizar uma transação online • Getty Images
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5 - Golpes em anúncios
O principal canal para os criminosos chegarem às vítimas são os anúncios em buscadores e redes sociais. Por isso, a recomendação é pesquisar o anunciante a fundo para ter certeza que não se trata de um golpe antes de acessar, se cadastrar ou comprar qualquer produto • Pexels
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6 - Ofertas muito atraentes
É comum que sites fraudulentos tentem atrair a atenção dos consumidores oferecendo produtos populares por preços impraticáveis. Se encontrar anúncios que ofereçam algo muito vantajoso, que te deixe curioso, com medo ou com sensação de urgência, desconfie • Pexels/Karolina Grabowska
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Segundo o especialista, não é indicado fornecer informações bancárias e documentos quando não há segurança de que o site ou plataforma é confiável. Também não é recomendado baixar aplicativos fora das lojas oficiais dos sistemas operacionais (App Store, Play Store, etc).
“Essa prática é chamada de phishing, um tipo de fraude por engenharia social que se resume ao fraudador se passar por uma organização de confiança. Ele envia um e-mail ou SMS para o usuário, muitas vezes com links infectados por malwares, para enganar e fazer compartilhar informações sensíveis, como credenciais de acesso ou dados de cartões, ou infectar o dispositivo”, explica.
De posse desses dados, afirma o especialista, os criminosos conseguem acessar as contas dos usuários e fazem compras usando informações pessoais e bancárias da vítima. Além das perdas financeiras, o processo ainda destrói a confiança do usuário na plataforma de comércio eletrônico.
O Pix oferece mais facilidade nos pagamentos, mas também pode ser usado para golpes. Sersante sugere cadastrar as chaves apenas nos canais oficiais de instituições financeiras e não salvar dados diretamente em aplicativos ou plataformas de compras.
“Além disso, fique atento a qualquer contato recebido se passando por instituição financeira e não forneça suas credenciais de acesso em nenhuma hipótese”, alerta.
De acordo com ele, as empresas devem optar por soluções mais robustas e que não confiem somente em credenciais estáticas de acesso, como login e senha.
“Recursos como o uso da localização para proteger os usuários legítimos, proporcionando autenticação dinâmica e contínua, para impedir as fraudes antes que elas ocorram, já são uma realidade que tornam o ecossistema ainda mais seguro”, enfatiza o especialista.
Alessandro Fontes, co-fundador da plataforma especializada em verificação de golpes Site Confiável, cita como principal ponto de atenção a falsa sensação de segurança que alguns sites podem passar ao consumidor apenas por possuir os prefixos “https” ou “ssl”.
“Esse protocolo serve para criptografar os seus dados durante uma transação de informações, mas isso não é garantia nenhuma de segurança ou de confiabilidade. A maioria dos sites fraudulentos possuem o ‘hhtps'”, explica Fontes.
Também é importante redobrar a atenção para promoções divulgadas em anúncios.
De acordo com o especialista, o principal canal para os criminosos chegarem às vítimas são os anúncios em buscadores e redes sociais. Por isso, a recomendação é pesquisar o anunciante a fundo para ter certeza que não se trata de um golpe antes de acessar, se cadastrar ou comprar qualquer produto.
“Isso também vale para ofertas e produtos divulgados por influenciadores”, acrescenta.
Fontes também alerta que o consumidor deve desconfiar de ofertas muito atraentes, e recomenda evitar pagamentos via Pix e boleto bancário.
“Essas são excelentes alternativas para conseguir um bom desconto à vista, mas também são mais arriscados, pois não possuem mecanismos seguros para reversão do pagamento, caso seja identificado um golpe”, diz.
“Já os cartões, além de possuírem tecnologias para identificar fraudes durante o pagamento, conseguem também fazer o estorno do pagamento nesses casos”.
Além disso, Fontes alerta para compras em redes sociais.
“Há muitos negócios sérios nas redes sociais, mas há também muitos golpes de criminosos que criam perfis, usando indevidamente fotos e/ou nomes parecidos de empresas que realmente existem, inclusive com depoimentos de falsos clientes para atrair as vítimas oferecendo produtos com preços bem abaixo do praticado”, conclui.