Confiança dos serviços fecha junho em estabilidade, aponta Ibre, da FGV

Indicador se aproxima do ponto de neutralidade; alimentação fora de casa foi o destaque da sondagem divulgada nesta quarta-feira (29)

Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro
Alta do indicador foi influenciada pelas perspectivas para os próximos meses do ano  • Pixabay
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O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV / Ibre), apresentou estabilidade em junho, com variação positiva de 0,4 ponto e alcançou 98,7 pontos.

Esse é o nível mais elevado atingido desde outubro de 2021.

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV / Ibre).

Apesar da alta, o indicador segue abaixo dos 100 pontos, nível apontado como de neutralidade pela equipe técnica, em uma escala que varia de zero a 200. As variações a partir da neutralidade são consideradas tendências, negativas ou positivas, de acordo com o sentido.

Coordenador da sondagem, o economista Rodolpho Tobler destacou que é necessário ter cautela com o cenário, apesar de os indicadores sinalizarem para tendências positivas para a economia.

“O resultado positivo de junho foi influenciado pela melhora das expectativas com os próximos meses, enquanto a percepção sobre o momento presente se mantém igual ao mês anterior. Nos dois horizontes há uma aproximação com o nível neutro, mas ainda é preciso cautela. O ambiente macroeconômico desfavorável e a incerteza em relação aos próximos meses podem segurar o ritmo de recuperação da confiança do setor,” avalia o especialista.

A alta do indicador foi influenciada pelas perspectivas para os próximos meses do ano.

O Índice de Expectativas, um dos componentes, subiu 0,8 ponto e chegou a 99,3. Enquanto isto, o Índice de Situação Atual permaneceu igual ao de maio: em 98,1 pontos.

Com o resultado, a média móvel trimestral subiu 2,2 pontos e fechou o segundo trimestre em 97,8. A elevação do indicador se concentrou em cinco dos 13 segmentos analisados, com destaque para o segmento de alimentação fora de casa, que inclui bares e restaurantes.

A confiança do segmento subiu 1,1 e fecha o trimestre em 101,9 pontos.

Os outros quatro segmentos que apresentaram alta no mês foram: tecnologia da informação e comunicação, outros serviços de informação e comunicação, serviços administrativos e complementares e serviços de manutenção e reparação.

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