Decisão sobre exploração de petróleo na Foz do Amazonas está próxima, afirma Lula

Exploração de recursos na chamada margem equatorial do país é tratada como prioridade pela Petrobras

Presidente afirmou que estudo do Ibama sobre exploração no Amapá ainda não é definitivo e possibilidade de exploração está em aberto.  • JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (3) que o governo federal está em "processo de discussão interna" sobre a possibilidade de exploração de petróleo na margem equatorial do país e que logo deve ser tomada uma decisão sobre a questão.

Em entrevista à rádios da Amazônia, Lula ainda afirmou que o estudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a exploração na costa do Amapá ainda não é definitivo e que, se pesquisas constatarem a existência de recursos na região, será discutido como explorá-los sem causar "nenhum prejuízo" ambiental.

Margem equatorial

No dia 29 de março, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu o projeto da estatal de explorar jazidas de petróleo e gás na chamada margem equatorial do país.

A região compreende as costas do Norte e do Nordeste do Brasil, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte – o nome refere-se à linha do Equador.

A iniciativa é tratada como prioridade da Petrobras, mas é alvo de críticas pelos riscos ambientais que envolveriam a exploração das jazidas em águas profundas da bacia do Rio Amazonas.

Para a operação poder ocorrer, é necessário aval do Ibama, que negou pedidos de licença feitos na década passada por multinacionais – com as negativas, os contratos que haviam sido arrematados em leilão foram repassados à estatal brasileira.

Na avaliação de Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil, “[a negativa do Ibama] desanima um pouco [o setor], porque a expectativa era diferente. Mas acho que a conversa entre diferentes setores com a indústria e a sociedade é que vai levar a uma decisão”.

Veja também: Jean Paul Prates comenta PPI em entrevista exclusiva à CNN

*Com informações da Agência Reuters

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