É preciso dar celeridade aos processos de recuperação judicial, diz economista
"Nós fizemos adaptação do projeto de lei que já tinha no Congresso para lidar com essa situação da Covid-19", disse Aloísio Araújo
A pandemia do novo coronavírus tem provocado uma série de falências no país. Para economista Aloísio Araújo, a taxa de recuperação de crédito será a responsável por dar celeridade aos processos de recuperação judicial das empresas.
“Há mais de 15 anos, nós tínhamos uma lei da década de 40, que era muito pior. Com as mudanças que fizemos, a taxa recuperação de crédito aumentou, o crédito privado expandiu bastante e o tempo de recuperação das empresas diminuiu de dez para quatro anos. Foi um grande avanço em relação ao que era”, afirmou.
Araújo, porém, diz que o país precisa avançar mais se olharmos o que ocorre nos Estados Unidos e até mesmo em alguns países da América Latina.
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“Temos que ter paciência com essas mudanças institucionais porque é uma complexidade muito grande, interagem com a lei tributária, com o judiciário e uma série de outros componentes da nossa sociedade”, explicou.
Com relação ao aumento de empresas com dificuldades financeiras devido à pandemia, Araújo disse que muitos países estão reforçando o eixo judicial e criando legislação específica para cuidar das companhias.
“Nós fizemos adaptação do projeto de lei que já tinha no Congresso para lidar com essa situação da Covid-19”, afirmou.
(Edição: Sinara Peixoto)