Em reunião com Haddad, Wilson Lima defende que reforma tenha fundo de compensação para o AM

Estado pede manutenção de incentivos fiscais à região; uma das proposta indica que Imposto Seletivo tribute bens fabricados em outras regiões do país que também sejam produzidos na ZFM

Danilo Moliterno, da CNN, São Paulo
Governador do Amazonas, Wilson Lima
Governador do Amazonas, Wilson Lima  • FOTO: Diego Peres / Secom
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O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil-AM), se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (5) e pediu tratamento diferencial ao estado na reforma tributária.

Também estiveram presentes no encontro senadores e deputados do Amazonas. Lima defendeu o impacto positivo da reforma para o país, mas destacou a importância das demandas estabelecidas para que o estado apoie o texto.

O estado pede que os diferenciais competitivos que a atual legislação atribuem ao estado e à Zona Franca de Manaus (ZFM) sejam mantidos pela reforma tributária.

Uma alternativa proposta é que o Imposto Seletivo (IS), criado pela reforma, tribute bens fabricados em outras regiões do país que também sejam produzidos na Zona Franca de Manaus — garantindo incentivo às operações da ZFM.

Lima e os parlamentares do estado ainda pediram um "fundo de compensação" para o Amazonas.

Parte do mecanismo seria utilizado para compensar possíveis perdas de receita do estado com a reforma; outra parcela para fomentar novas matrizes para o Estado, visando agregar outras atividades àquelas desenvolvidas pela ZFM.

Após a reunião, Lima e Haddad falaram com a imprensa. O governador elogiou a disposição do ministro em articular a reforma e promover o diálogo, buscando equilíbrio para o texto.

Lima defendeu a ZFM e os incentivos ao estado para manutenção da competitividade. Além disso, afirmou que "se o modelo de Zona Franca começar a enfraquecer, isso significará início da queimada da floresta Amazônica".

Governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil) / Reprodução CNN
Governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil) / Reprodução CNN

Haddad reconheceu a necessidade de manter os incentivos à Zona Franca de Manaus. A manutenção dos benefícios está prevista no substitutivo do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentado no final de junho.

"É conhecido o respeito e admiração do presidente Lula por este projeto, que garante a sustentabilidade da região e hoje é motivo de preocupação internacional. Sabemos da importância deste processo de desenvolvimento e queremos sua manutenção, pelo menos até 2073, que é o prazo em que vigora pela atual Constituição", disse o ministro.

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