Grupo Changi diz estar aberto a diálogo com governo federal para seguir na concessão do Galeão

No final de maio, Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Rodoviária e de Aviação Civil do TCU avaliou que o governo não poderia manter concessionárias que já pediram relicitação

Elisa Calmon, do Estadão Conteúdo
Empresa de Cingapura se manifestou por meio de uma carta enviada ao secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)  • 21/12/2020REUTERS/Pilar Olivares
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O Grupo Changi, responsável pela operação do Galeão, no Rio de Janeiro, informou estar aberto ao diálogo com o governo federal sobre a possibilidade de permanecer na concessão do aeroporto. Isso caso o Tribunal de Contas da União (TCU) entenda ser possível a desistência do processo de devolução.

A empresa de Cingapura se manifestou por meio de uma carta enviada ao secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, nesta terça-feira (13).

No final de maio, a Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Rodoviária e de Aviação Civil do TCU avaliou que o governo não poderia manter concessionárias que já pediram relicitação, como é o caso dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Viracopos (SP).

Apesar de apontar que, diferentemente da interpretação do governo, a União não pode revogar um processo de relicitação, o parecer dá algumas sugestões caso a tese contrária seja aceita. Frisa, portanto, ser "fundamental" que uma eventual renegociação esteja assentada sobre o princípio da legalidade e impessoalidade.

Galeão x Santos Dumont

Um dos argumentos apresentados pela Changi para a devolução do Galeão foi a maior oferta de voos no aeroporto doméstico do Rio, o Santos Dumont.

Na segunda-feira, 12, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defendeu a criação de uma sociedade de gestão compartilhada para gerir os dois aeroportos. Após se reunir com o presidente, o governo afirmou que Lula teria gostado da ideia.

"A questão toda não era ser a Changi ou ser a Infraero, mas ter uma gestão compartilhada dos dois equipamentos porque nós aprendemos que o Rio é uma cidade, um Estado multiaeroportos", disse Castro.

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