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Haddad diz que pode rever parte de decreto do IOF após reunião com líderes

Decisão de rever o decreto depende do aval dos líderes do Congresso às medidas alternativas apresentadas pelo governo

Cristiane Norberto e Gabriel Garcia, Gabriela Boechat, da CNN, em Brasília
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro Fernando Haddad  • 18/03/2025REUTERS/Adriano Machado
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Para “rever” e fazer “calibragem” no decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que precisa que as medidas alternativas tenham o aval dos líderes do Congresso Nacional.

Segundo ele, uma reunião deve acontecer no próximo domingo (8).

“Preciso de pelo menos parte das medidas para rever o decreto. Tenho a lei de responsabilidade fiscal, o arcabouço, uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, temos liberdade. No que diz respeito a esse ano, preciso aguardar uma reunião com os líderes para uma definição definitiva”, afirmou.

O chefe da equipe econômica apresentou o pacote em um almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ministros e parlamentares governistas, nesta terça-feira (3).

“Temos um objetivo, que é dar sustentabilidade ao arcabouço. Devemos ter uma reunião já no domingo com os líderes. Enquanto isso, estaremos trabalhando na Fazenda com análise de impacto e gráficos, para que haja uma compreensão do que estamos dizendo. As propostas precisam ser justas e sustentáveis, estamos cuidando disso”, disse.

Com a repercussão negativa do decreto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deu, no último dia (29), um prazo de 10 dias para que a equipe econômica proponha uma alternativa.

Com esse prazo, a equipe econômica começou uma corrida para definir propostas alternativas para compensar essa provável perda de arrecadação.

A exigência veio após a insatisfação de parlamentares com o aumento do tributo e a ameaça de derrubada da proposta pelo Legislativo, o que comprometeria os cálculos da equipe econômica. O governo espera arrecadar cerca de R$ 18 bilhões em 2025 com a medida.

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