Inflação dos alimentos pode oferecer trégua no segundo semestre, diz economista

Em entrevista à CNN, o economista André Braz afirmou que a categoria de alimentação continua como a "vilã" da inflação em 2022, mas preços devem arrefecer no fim do ano

Fabrício Julião, Isabella Galvão, da CNN, em São Paulo
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O IPCA  de julho recuou 0,68% em julho, com influência da redução nos preços dos combustíveis e de energia, de acordo com o economista da FGV André Braz.

Em entrevista à CNN nesta terça-feira (9), o especialista afirmou que, apesar da queda no índice, o setor de alimentação continua pressionado, mas o preço dos produtos deve arrefecer no segundo semestre do ano.

"A Alimentação continua sendo a grande vilã da inflação esse ano. O indicador de julho mostra que ela continua muito pressionada, pois alguns produtos normalmente sobem muito de preço nessa época do ano, como é o caso do leite e derivados", destacou.

"Mas contando com safras boas, e com a desaceleração recente no preço de commodities importantes como milho, soja e trigo, já temos no radar uma tendência de desaceleração dos alimentos", acrescentou.

André Braz pontuou que a desaceleração dos alimentos vai ser "lenta e gradual", diferente do choque que ocorreu com combustíveis e energia, que caíram após uma pancada do governo no corte do ICMS.

"A alimentação vai continuar como uma grande vilã em 2022, onerando o roçamento das famílias, mas talvez ofereça uma trégua ao longo desse segundo semestre", completou.

 

 

 

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