Meirelles espera recuperação parcial nos indicadores econômicos de junho

Secretário também avaliou retomada das atividades nas regiões do estado a partir de diretrizes de reabertura do governo

Secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles,
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O secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, afirmou, nesta quarta-feira, que espera a recuperação da economia do estado pela pandemia do novo coronavírus já nos índices do mês de junho, ainda que de forma parcial. 

"É importante esclarecer que, a causa do efeito negativo da pandemia deve-se à pandemia e não às medidas da quarentena. Como consequência destes impactos, nós tivemos uma queda na atividade e na arrecadação do Estado. Em maio tivemos uma queda de 27% em relação ao que estava projetado e 22% em abril. No mês de junho, esperamos uma recuperação parcial, ainda com uma queda, de pouco mais de 19%, sendo inferior aos meses anteriores", explicou.

A quarentena em São Paulo completa 100 dias nesta quarta-feira. Desde o dia 24 de março, quando foi decretado o isolamento pelo governador João Doria (PSDB), o estado contabiliza mais de 14 mil mortes por Covid-19 e perdas econômicas estimadas em R$ 73 bilhões.

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Meirelles avaliou o cenário após os três meses e disse ainda que, para que uma região tenha uma melhora nas arrecadções, o índice de contaminação deve apresentar queda. Sendo assim, após apresentar números 'positivos', as cidades terão acesso às fases de reabertura gradual, previstas no Plano São Paulo.

"No ponto de vista das regiões, devemos levar em consideração os índices de contaminação para possibilitar o processo de reabertura a partir do seguimento de protocolos. Este é o atual cenário: cidades mais atingidas terão mais dificuldade para reabrir", explicou.

No ponto de visto da indústria, Meirelles afirmou que a retomada do crescimento só será possível apos a recuperação da demanda. "A partir do momento que a população se retrai, algumas produções se retraem, isso é normal. No primeiro momento, o uso de remédios teve uma aumento e depois apresentou queda. O mesmo aconteceu com alimentos no início da pandemia", exemplificou.

(Edição: Leonardo Lellis)

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