Opep+ concorda com pequeno corte de meta de produção de petróleo

Em outubro, os produtores de petróleo reduzirão a produção em 100.000 barris por dia (bpd), equivalente a apenas 0,1% da demanda global

Por Alex Lawler e Ahmad Ghaddar e Maha El Dahan, da Reuters
Surto do novo coronavírus causou maior choque na demanda de petróleo desde 2008
Preços do petróleo, que subiam mais de US$ 2 o barril nesta segunda-feira, ampliaram os ganhos após a decisão da Opep+  • Foto: Christian Hartmann / Reuters
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A Opep e seus aliados liderados pela Rússia concordaram nesta segunda-feira (5) com um pequeno corte na produção de petróleo visando elevar os preços que caíram devido aos temores de uma desaceleração econômica.

Em outubro, os produtores de petróleo reduzirão a produção em 100.000 barris por dia (bpd), equivalente a apenas 0,1% da demanda global.

O grupo também concordou em se reunir a qualquer momento para ajustar a produção antes da próxima reunião agendada para 5 de outubro.

Os preços do petróleo, que subiam mais de US$ 2 o barril nesta segunda-feira, ampliaram os ganhos após a decisão da Opep+.

Os futuros do Brent para entrega em novembro subiram US$ 3,42, para US$ 96,44 por barril, um ganho de 3,68%, às 10h (horário de Brasília). O petróleo WTI avançava US$ 2,97, ou 3,42%, para US$ 89,84.

A decisão essencialmente mantém o status quo, já que a Opep tem observado fortes flutuações nos preços do petróleo, puxadas por vários fatores em ambas as direções.

"A Opep+ está cautelosa com a volatilidade prolongada dos preços gerada pelo fraco sentimento macro, pouca liquidez e novos lockdowns na China, bem como a incerteza sobre um possível acordo EUA-Irã e esforços para criar um teto de preço ao petróleo russo", disse Matthew Holland, da Energy Aspects.

A Arábia Saudita, principal produtor da Opep, sinalizou no mês passado a possibilidade de cortes na produção para lidar com o que enxerga como quedas exageradas dos preços do petróleo.

Sinais do mercado físico, no entanto, sugerem que a oferta continua apertada e muitos Estados da Opep estão produzindo abaixo das metas, enquanto novas sanções ocidentais estão ameaçando as exportações russas.

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